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O Negro, o livro e a liberdade

Categoria: Literatura
O Negro, o livro e a liberdade

Ao Brasil, assim como a outros países, tem custado muito caro o histórico de discriminação de grupos sociais com base em fatores religiosos, étnicos, econômicos e culturais. No caso de discriminação das pessoas negras, fica evidente, mesmo numa análise superficial da sociedade, que a ferida da escravidão ainda não foi totalmente curada.

Neste sentido, a literatura, como arte das mais introspectivas, tem papel fundamental na construção de uma coletividade menos discriminatória, através da construção de individualidades mais conscientes de seu papel social e humano. A constatação de que as pessoas, às vezes, praticam o racismo sem perceber e, na maior parte das vezes, sem se reconhecerem racistas, devido a uma maquilagem cultural e social (tão típica da sociedade brasileira), leva-nos à necessidade de escancarar alguns sentimentos e hábitos que, mesmo praticados nos subterrâneos da sociedade, afetam, de forma nefasta, o negro enquanto homem e cidadão.

Os hábitos discriminatórios, de tão enraizados em nossa Cultura, vão sendo banalizadas a cada geração. Cabe à Literatura, como arte formadora de consciência emancipatória, o papel de lavar o leitor a um questionamento mais profundo sobre o seu próprio racismo.

Vivemos num país onde as grandes massas, em especial a negra, são ''aculturadas'' pela indústria cultural, o que leva à perda da própria identidade daqueles que, sem condições de acesso às manifestações culturais mais legítimas, são submetidos à verdadeira ditadura cultural das grandes organizações mundiais que produzem uma espécie de cultura globalizada e globalizante, afastando o indivíduo de sua própria história e sujeitando-o a uma verdadeira lavagem cerebral.

Este contexto explica por que a Literatura, por ser na essência introspectiva e questionadora, não é privilegiada pela indústria cultural. Trata-se de uma arte que, invariavelmente, leva o seu ''consumidor'' a um grau cada vez maior de senso crítico, o que não é desejável pelos meios de produção cultural que cumprem um importante papel no esquema de controle das massas através do achatamento cultural.

Teme-se, por certo, que mesmo submetido a uma grande produção literária massificada, o leitor acabe se libertando das armas do sistema pela própria necessidade de questionamento que a Literatura gera. O sistema consegue, por exemplo, que uma pessoa ouça as paradas de sucesso musicais durante toda a vida sem que isso lhe desperte o mínimo de senso crítico, mas o mesmo não se dará em relação à Literatura, pois mesmo um leitor das famigeradas listas dos mais vendidos acabará, como o tempo, caindo na tentação de trilhar seus próprios caminhos que poderão levá-lo ao perigoso exercício da verdadeira cidadania.

Em relação à discriminação do negro, o incentivo à leitura levaria o maior segmento social do País ao reconhecimento de sua própria identidade o que, por certo, mudaria os rumos da história do Brasil, em favor da justiça e da humanidade. Seria impossível continuar mantendo, nas camadas mais baixas da sociedade, aqueles que construíram essa nação, se cada negro brasileiro resolvesse buscar nas suas raízes os meios para sua verdadeira libertação.

A Literatura, por ser arte do contato com seu próprio eu (para além das amarras coletivas) por excelência, é de todas as artes a que mais cumpre a função de libertar os espíritos; maquiavelicamente tem sido desprezada pela indústria cultural que, ao fim das contas, não foi feita para quem queira pensar, muito menos para quem queira libertar-se (ou se dar conta do quanto está cercado pela não-arte).


Luiz Mozzambani Neto

Título: O Negro, o livro e a liberdade

Autor: Luiz Mozzambani Neto (todos os textos)

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Comentários - O Negro, o livro e a liberdade

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Receptores digitais

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Receptores digitais\"Rua
Os receptores digitais são instrumentos que têm a função de receber sinal por via de canais digitais.

De acordo com a sua função, estes canais poderão ser satélite ou por cabo. Actualmente, já existem bastantes serviços de televisão por cabo que funcionam apenas com estes receptores, uma vez que é através deles que se consegue ter acesso não só aos canais de serviço, mas também a pacotes codificados.

O serviço de recepção de canais por satélite é um sistema independente para o qual é necessário ter um disco receptor satélite de modo a poder ter canais digitais fora dos serviços prestados pelos operadores de televisão digital.

Este instrumento permite que os próprios ecrãs sem tecnologia digital passem a usufruir desta através destes receptores. No entanto, a melhor qualidade só é garantida com um ecrã já com esta tecnologia.

Os receptores digitais permitem também aceder a uma multiplicidade de serviços, desde que devidamente configurados. Por exemplo, com estes receptores, é possível aceder a menus específicos de pausa de emissão para depois ser continuada, de serviços on-demand ou acesso a portais específicos, entre outros.

Esta pequena caixinha permite ao seu utilizador usufruir da televisão a um novo nível, de modo a que possa ter todas as comodidades no conforto do lar. 

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Comentários

  • Rua DireitaRua Direita

    04-06-2014 às 06:53:28

    Gostei dos receptores digitais. Bom texto abordando isso.
    Cumprimentos,
    Sophia

    ¬ Responder

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