Bem vindo à Rua Direita!
Eu sou a Sophia, a assistente virtual da Rua Direita.
Em que posso ser-lhe útil?

Email

Questão

a carregar
Textos | Produtos                                                    
|
Top 30 | Categorias

Email

Password


Esqueceu a sua password?
Início > Textos > Categoria > Literatura > O final feliz de uma história da felicidade

O final feliz de uma história da felicidade

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Literatura
Visitas: 2
O final feliz de uma história da felicidade

«Uma História da Felicidade», de Darrin McMahon é um livro que mostra claramente que a ambição de ser feliz não traduz uma moda recente, mas que se trata de uma aspiração intemporal de todo o ser humano. O autor refere-se ao “abstrato” do conceito de felicidade citando Hegel: «A felicidade inscreve-se nas páginas em branco da História». Ao longo de mais de 500 páginas, o professor da Florida State University procura preencher este vazio historiográfico com inúmeras lições da sua preenchida vida.

Definir o indefinível foi, basicamente, a tarefa hercúlea deste estudioso da felicidade. Circunscrever um sentimento como a felicidade a conceitos procedentes de uma Humanidade pouco humanizada, detentora de tradições, vícios e heranças ocidentalizados há de ser um esforço tremendo e, muitas vezes, inglório. Talvez por isto o “arquiteto” desta obra editada em 2006 e incluída pelo «New York Times» numa lista de 100 livros notáveis, defenda que o estudo da felicidade pressupõe uma abordagem multidisciplinar que abarque os domínios social, cultural, textual e mesmo emocional.

Mais do que factos de objetividade, seduzem-no as ideias e a respetiva contextualização. Não se está diante de uma ciência exata, mas de um ensaio de reflexão livre, repleta de genealogias entusiasmantes. É a história intelectual no seu estado mais puro. O herói trágico, as doutrinas de fé, o iluminismo, o liberalismo e toda uma vasta panóplia de vivências clássicas e judaico-cristãs, passando por Nietzsche, Marx e Freud, compõem um interessante conjunto de oito capítulos divididos em duas partes («A Construção de uma Fé Moderna» e «Espalhando a Palavra»), com abundância de notas. A questão da fé surge associada à urgência da investigação daquilo que McMahon acredita ser o credo hodierno: toda a gente considera ter direito à felicidade!

A “busca eterna” da felicidade encontra-se presente em todas as reflexões do escritor, como que numa tentativa de legitimação desta procura incessante. Os exemplos de felicidade escritos são imensos e variados, podendo o leitor encontrar ideais de felicidade como o de Sócrates (o filósofo!), que assentavam no objetivo de uma vida virtuosa, ou os do marketing vigente, que a exploram num âmbito obsessivo universalizado.

O autor pretende transmitir a quem o leia que a história da felicidade é suscetível de integrar, acima de tudo, uma experiência de relativização. Todos sabemos que a absolutização seja do que for é perniciosa e limitativa. Abordada desta maneira, esta será, sem dúvida, uma história com um final feliz, como aliás convém.


Maria Bijóias

Título: O final feliz de uma história da felicidade

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

Visitas: 2

634 

Imagem por: Javier Pico

Comentários - O final feliz de uma história da felicidade

voltar ao texto
  • Avatar *     (clique para seleccionar)


  • Nome *

  • Email

    opcional - receberá notificações

  • Mensagem *

  • Os campos com * são obrigatórios


  • Notifique-me de comentários neste texto por email.

  • Notifique-me de respostas ao meu comentário por email.

Martelos e marrettas

Ler próximo texto...

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Ferramentas
Martelos e marrettas\"Rua
Os martelos e as marretas são, digamos assim, da mesma família. As marretas poderiam apelidar-se de “martelos com cauda”. Elas são bastante mais robustas e mantêm as devidas distâncias: o cabo é maior.

Ambos constituem, na sua génese, amplificadores de força destinados a converter o trabalho mecânico em energia cinética e pressão.

Com origem no latim medieval martellu, o martelo é um instrumento utilizado para “cacetear” objectos, com propósitos vários, pelo que o seu uso perpassa áreas como o Direito, a medicina, a carpintaria, a indústria pesada, a escultura, o desporto, as manifestações culturais, etcétera, variando, naturalmente, de formas, tamanhos e materiais de composição.

A diversidade dos martelos é, realmente, espantosa. O mascoto, por exemplo, é um martelo grande empregue no fabrico de moedas. Com a crise económica que assola o mundo actualmente, já se imaginam os governantes, a par dos banqueiros, de martelo em punho para que não falte nada às populações…

Há também o marrão que, mais do que o “papa-livros” que tira boas notas a tudo, constitui um grande martelo de ferro, adequado para partir pedra. Sempre poupa trabalho à pobre água mole…

O martelo de cozinha serve para amaciar carne. Daquela que se vai preparar, claro está, e não da de quem aparecer no entretanto para nos martelar a paciência…!

Já no âmbito desportivo, o lançamento do martelo representa uma das provas olímpicas, tendo sido recentemente adoptado na modalidade feminina. Imagine-se se, em vez do martelo, se lançasse a marreta… seria, certamente, mesmo sem juiz nem tribunal, a martelada que sentenciaria a sorte, ou melhor, o azar de alguém!

Pesquisar mais textos:

Rua Direita

Título:Martelos e marrettas

Autor:Rua Direita(todos os textos)

Imagem por: Javier Pico

Alerta

Tipo alerta:

Mensagem

Conte-nos porque marcou o texto. Essa informação não será publicada.

Pesquisar mais textos:

Deixe o seu comentário

  • Nome *

  • email

    opcional - receberá notificações

  • mensagem *

  • Os campos com * são obrigatórios