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Mar de Papoilas

Categoria: Literatura
Comentários: 2
Mar de Papoilas

Índia, século xix. Íbis, um navio de escravos que recruta indianos para as plantações de cana-de-açúcar, mas que transporta sobretudo ópio para os consumidores chineses, navega pelas águas do oceano Índico com uma população bastante variada a bordo composta por marinheiros de diversas proveniências, passageiros clandestinos, prisioneiros condenados e operários asiáticos, numa viagem que virá a revelar-se longa e tumultuosa.

«Mar de Papoilas» é um romance histórico de Amitav Ghosh, reimpresso em 2009 pela Editorial Presença, que descreve de forma soberba comidas, paisagens e as linguagens, o que dá um toque de profundo realismo à narrativa, proporcionando uma maior aproximação à cultura indiana. Em acréscimo, esta obra é copiosa em informação histórica, o que elabora um retrato da época e propicia um entrosamento na cultura e nos costumes do país.

Num ambiente de violência motivado pelas diferenças étnicas e culturais e por aquilo que já se adivinhava ser a Guerra do Ópio, os passageiros aniquilarão as barreiras que os separam para se passarem a considerar como jaházbahai, isto é, irmãos de navio. Este e outros termos em línguas nativas (mormente o bhojpuri), embora exijam, em muitos casos, a consulta do glossário, acabam por transportar o leitor para o interior da trama. Marta Mendonça prima pela tradução que executou, a qual é rica em notas de extrema relevância para a leitura.

«Mar de Papoilas» traduz os tempos difíceis em que os agricultores se viram na iminência de abdicar dos plantios tradicionais para se dedicarem à monocultura do ópio. Estamos numa época em que o Governo chinês proibiu a importação de ópio (extraído das papoilas e originador de excepcional dependência) por parte da Grã-Bretanha. Sendo este negócio o fulcro do lucro das exportações da Grã-Bretanha para China, o conflito estava latente.

As célebres Guerras do Ópio conduzem-nos a meados do século xix e a uma Índia de extremos, ainda sob o domínio da Grã-Bretanha, pronta para também entrar nestas contendas. O ópio constitui, de algum modo, o sustentáculo principal do livro, uma vez que exerce influência sobre uma fatia considerável das personagens. Fora destas, constata-se o aparecimento de outras, seguramente designadas a influir reciprocamente na vida umas das outras.

Quer se goste mais ou menos de narrações épicas e coloridas, uma coisa é irrefutável nesta produção literária: a magnitude da investigação desenvolvida por Amitav Ghosh Amitav Ghosh, que é notória ao longo das 460 páginas de «Mar de Papoilas». Não será por acaso que esta obra foi bastante bem considerada por publicações de renome internacional (que não lhe pouparam atributos como «avassalador») e, inclusive, o trabalho mais bem conseguido de Ghosh. Efectivamente, trata-se de um romance notável, onde coabitam aventura, profundidade e sentimento.


Maria Bijóias

Título: Mar de Papoilas

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

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Comentários     ( 2 )    recentes

  • jacyrajacyra

    21-05-2012 às 20:59:46

    Este texto, dexou-me com água na boca! Quero ler este livro!

    ¬ Responder
  • Marta MendonçaMarta Mendonça

    23-11-2010 às 21:40:35

    Obrigada pelas suas palavras.
    Foi um prazer enorme traduzir este livro. Espero, ansiosa, pelo resto da trilogia. :-)

    ¬ Responder

Comentários - Mar de Papoilas

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Como fazer disfarces de Carnaval

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Tema: Vestuário
Como fazer disfarces de Carnaval\"Rua
O ano começa e depressa chega uma data muito ansiada principalmente pelos mais jovens: o desejado Carnaval!

Esta é uma data que os pequenos adoram e deliram com as fantasias. O problema maior é a despesa que os disfarces representam e no ano seguinte já não usarão o mesmo disfarce ou, no caso dos mais pequenos, já não lhes serve.
O melhor nesta data é mesmo reciclar e aprender a fazer disfarces caseiros utilizando truques mais económicos e materiais reciclados para preparar as fantasias dos pequenitos!

Uma sugestão para os meninos é o traje de pirata que pode facilmente ser criado a partir de peças que tenha em casa. Procure uma camisa de tamanho grande e, de preferência, de cor branca com folhos. Se não tiver uma camisa com estas características facilmente encontrará um modelo destes no guarda-vestidos de alguma familiar, talvez da avó.

Precisará de um colete preto. Na falta do colete pode utilizar um casaco preto que esteja curto, rasgue as mangas pelas costuras dos ombros. As calças devem ser velhas e pretas para poderem ser cortadas na zona das pernas para envelhecer a peça. Coloque um lenço preto ou vermelho na cabeça do menino e, de seguida, com um elástico preto e um pouco de velcro tape um dos olhos.

Para as meninas não faltam ideias originais para fazer disfarces bonitos e especiais para este dia. Uma ideia original é a fantasia de Flinstone. É muito fácil e prática de fazer e fica um disfarce muito bonito. Comece por arranjar um pedaço de tecido branco. Coloque o tecido em volta do corpo como uma toalha de banho e depois amarre num dos braços fazendo uma alça. Depois corte as pontas em ziguezague mantendo um lado mais comprido que o outro. Amarre o cabelo da menina todo no cimo da cabeça, como se estivesse a fazer um rabo-de-cavalo mas alteie-o mais. Com o auxílio de um pente frise o cabelo, pegando nas pontas e passando o pente em sentido contrário até que fique todo despenteado. Numa loja de disfarces compre um osso de plástico e prenda na fita da criança.

Pegue nos materiais, puxe pela imaginação e ponha mãos ao trabalho!

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Comentários

  • Rua DireitaRua Direita

    09-06-2014 às 04:01:21

    Não em carnaval, mas em bailes de fantasia, sempre usei o TNT. Eles são ótimos para trabalhar o corte, para costurar e deixa bem bonito!
    Cumprimentos,
    Sophia

    ¬ Responder

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