literatura - um modo de vida
As ofertas literárias são cada vez mais amplas e diversificadas, e, hoje em dia, desde que se seja minimamente dotado e se possua uma mensagem a transmitir e dinheiro ou patrocinadores, quase qualquer pessoa tem a possibilidade de publicar escritos seus. Muitos escolhem a poesia para se lançar. Normalmente, esses poemas decorrem de momentos de grande sofrimento ou de uma paixão assolapada e de sentimentos e/ou estratégias associados. Alguns versos são aquilo que se poderia apelidar de heróicos, uma vez que consubstanciam a coragem de alguém em divulgar uma coisa sem pés nem cabeça que resolveu escrever…!
Outros bons escritores, infelizmente, apenas são reconhecidos já após o falecimento, havendo obras póstumas de grande envergadura e conteúdo. Estas não representam livros que o autor escreve depois de morto, como pensam individualidades menos bafejadas pelo poder de reflexão, mas dizem respeito à publicação já fora de vida do autor.
Nos tempos que correm, e em boa parte mercê da má alimentação que se faz, há um número crescente de indivíduos a utilizar a sanita para pôr a leitura em dia. É o chamado dois em um: enquanto fazem força para o “cocózinho” sair, vão-se focando nas notícias desportivas e da actualidade nacional e internacional, ou, dependendo dos gostos, tendências e maturidade, aproveitam para ler umas bandas desenhadas (de alto teor pedagógico, diga-se de passagem). Assim sendo, de há uns anos a esta parte, foram aparecendo umas tampas almofadadas, mais esbeltas e, sem dúvida, confortáveis para o efeito. Tanto a posição como a disponibilidade mental verificada no contexto de um W.C. todinho só para si favorece a leitura atenta e inequívoca das entrelinhas… ou “entredesenhos”…
Comentários ( 1 ) recentes
- Daniela Vicente
12-09-2012 às 20:55:00para ler não precisa ser grande erudito ao sábio, basta perceber como é mágico um livro. perceber como viajamos sem sair do sofá. perceber como nos apaixonamos sem sair do sofá. só custa as primeiras páginas até captar a história e depois já ninguém nos pára. não interessa onde lemos: no metro, no autocarro, no café, na escola, na casa-de-banho, etc. só interessa ler.
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