Início Do Renascimento: A Era Moderna
A base do Renascimento encontra-se no crescimento gradativo da burguesia comercial e das atividades econômicas entre as cidades europeias, o que acabou estimulando a vida urbana.
As expedições oceânicas, por sua vez, alargaram a visão do homem europeu, pondo-o em contato com povos de culturas diferentes. O desenvolvimento da matemática e do método experimental propiciou o surgimento das bases da ciência moderna.
Graças aos humanistas, numerosas obras gregas e latinas, de assunto literário, filosófico e científico, foram traduzidas e difundidas. O pensamento da época nutria-se da filosofia grega, e as obras de arte eram cada vez mais patrocinadas pela rica burguesia.
O estudo sistemático das línguas desenvolveu-se bastante, surgindo às primeiras gramáticas das línguas modernas. Por outro lado, os artistas – pintores, escultores, arquitetos – inspiravam-se nas obras dos antigos gregos e romanos, que se transformaram em modelos. Por isso mesmo, dizia-se que a gloriosa arte antiga estava renascendo.
Todas essas atividades resultaram na formação de um clima intelectual otimista e confiante na força do ser humano, que é visto como o centro do universo, “a medida de todas as coisas”.
O Renascimento começou em Florença, na Itália, em meados do século XV e foi adquirindo aspectos diferentes à medida que se difundia pela Europa. No entanto, manifesta sempre uma característica comum: a ruptura, em maior ou menor grau, com o forte teocentrismo da Idade Média.
O cristianismo, evidentemente, continua imperando, mas o homem renascentista já não parece viver tão angustiado com as questões religiosas quanto vivera o homem medieval.
Foi nesse panorama que os conflitos religiosos passaram por profundas transformações. A crise em que se vivia no âmbito religioso causaram mortes, brigas, guerras destacando-se por dois movimentos religiosos bem intensos:
1) A Reforma Protestante, liderada por Lutero, na Alemanha;
2) Reforma Católica, conhecida também de Contrarreforma, que foi um movimento reativo da Igreja de Roma.
E assim, foram renascendo um novo homem com novas percepções de sua própria existência e comportamento.