Ensaio sobre a Cegueira - José Saramago
Em casa, o cego e a sua mulher choraram desoladamente e decidem ir a um consultório médico, onde o médico analisou o cego e não arranjou qualquer explicação para aquela repentina cegueira.
Entretanto, o indivíduo que roubou o carro ao cego, o médico que analisou o cego e todos os pacientes que estavam no consultório, também ficaram cegos.
No dia seguinte, o médico contou à mulher que estava cego e, mais tarde, recebe uma chamada a avisá-lo da chegada de ambulância para buscá-lo. A ambulância chegou e os médicos não deixaram que a mulher do médico o acompanhe, mas esta entrou mesmo assim afirmando que também estava cega.
O ministério mandou isolar num manicómio todas as pessoas que cegaram repentinamente e todas as pessoas que estiveram em contacto com estas pessoas.
No dia seguinte, entraram mais cegos no manicómio. Todos esses cegos tinham estado em contacto com os cegos que já estavam no manicómio.
Entretanto, o ministério não estava a cumprir com o prometido. Os cegos tinham aumentado, mas a comida não. Todos os dias, iam chegando mais cegos e as camaratas ficavam cada vez mais lotadas.
Um grupo de cegos começou a roubar a comida só para eles. Um dos elementos desse grupo tinha uma pistola e disse para todos os cegos que estes tinham de pagar se quisessem comer. A mulher do médico não se conformou, claro, e reclamou.
Os restantes cegos trataram de armazenar num saco todos os objetos de valor para entregar aos cegos ladrões, mas só obtiveram três caixas de comida.
Após três dias sem comida, os cegos ladrões pediram mulheres para satisfazerem os seus desejos carnais. As mulheres reuniram-se em fila e dirigiram-se para a camarata dos ladrões cegos. Durante horas passaram de homem em homem.
Na noite seguinte, os ladrões cegos foram atormentar as mulheres da outra camarata. Eram quinze mulheres. Também foram violadas, mas a mulher do médico conseguiu matar o chefe, enquanto este se entretinha com uma mulher.
Noutro dia, a mulher do médico decidiu largar fogo às camas dos ladrões cegos. O fogo começou a propagar-se por todo o manicómio. Esta voltou novamente à sua camarata e deu as mãos aos cegos para saírem do fogo e do manicómio. Apercebe-se que os militares tinham ido embora e saiu do manicómio com os restantes cegos.
Os sete cegos rumaram até ao centro da cidade com a mulher do médico a dirigi-los. O objetivo desta era deixá-los abrigados num sítio e ir buscar comida, sozinha, para eles.
A mulher do médico arranjou um sítio para acomodar os cegos e partiu em busca de comida.
Após a refeição, os cegos decidiram regressar às suas casas, mas a mulher do médico convidou-os para se instalarem na casa dela, pois queria ajudá-los. Os cegos aceitaram o convite, mas com a condição de primeiro passarem pela casa deles para “verem” o que tinha lá acontecido.
Passado algum tempo, num dia normal, de um momento para o outro, os cegos voltam a ver.
Nunca se descobriu o porquê da mulher do médico nunca ter cegado.
Comentários ( 3 ) recentes
- Daniela Vicente
26-08-2012 às 22:52:28O texto está disponível para quem QUER LER. Se você não quer, não precisa ler, nem fazer este tipo de comentários muito pouco construtivo.
¬ Responder - Bruna
27-08-2012 às 09:12:32Srª Dª Daniela, eu queria diser se vai ter di po um super dupa resumo do livro no site, bota que é um resumo no titulo.
¬ Responder - Bruna
24-08-2012 às 09:37:31Peço disculpa mais voçê está dando a istória toda pó povo minha sinhora. Nossa não istraga pá quem não sabi.
¬ Responder