De Alexandria às trevas do século XXI
Ainda se tenta justificá-lo, em bravatas acerca dos ditos “avanços das ciências” de feitos que nos levam fatalmente a conflitos de toda e qualquer ordem, e que caminho sombrio nos espera!
Na Alexandria, se tinha um tempo de vida, que provavelmente era bem menor que o nosso atual, mas o que é a vida senão a intensidade e efervescência de idéias e ideais a que nos propomos viver? Pois eles se propuseram e efetivamente viveram, cultuavam o corpo, somente na medida em que este era uma ferramenta a serviço do cérebro, e funcionando bem com a garantia de discernimento e sobriedade até a idade avançada, fosse 40, 50 anos...
Experimentou-se um avanço que, hoje, não temos como mensurar, pois por questões religiosas e fanatismos aliados à ignorância foram perdidos talvez de forma definitiva.Como pode uma civilização ter evoluído a tal ponto, e regredir a idade do aço, idade esta que nos remete a idade da pedra, essa sim mais condizente com o homem, que nutre e alimenta a todo preço e feita, seu ego e contumaz sede de poder.
Na idade de ouro da humanidade, as ciências não eram subservientes a PIB, a esquemas econômicos ou interesses particulares mundanos, eram sim fontes de vida e não sumidouro; como por exemplo, a ciência atômica tal como foi e é usada e apregoada.Temos que fazer uma sociedade de plástico, com semi e supercondutores, que nos levam de um lado para o outro, rapidamente, nos imprimindo um ritmo tal qual o da cobra que corre atrás de seu rabo, tendo como conseqüência um esquema de vida onde, sequer temos como parar para questionar nada, e talvez seja essa a intenção de um grupelho de celerados que tem como visão um mundo de viagens interplanetárias, e como dicotomia, sequer, conhecer as montanhas cobertas pelos oceanos da terra.
Talvez a finalidade da senda do homem na terra esteja se esgotando, pois tudo o que vivemos foi fruto de atos de nossos antepassados, pois sendo assim, tanto pior, uma vez que estamos amplificando, e muito, tais insanidades; pobre homem, se entorpecendo com a ideia de que evoluir é fazer crescer a cidade o estado e o pais, formar blocos econômicos, correr atrás da cura de doenças que certamente com um estudo mais detido se provaria não existir ou não se viveria o suficiente para tê-las, porém o pouco vivido, como nos tempos de Alexandria, 30, 40 anos... Seria mais que suficiente para uma vida.
Marcelo Medeiros.
Comentários ( 6 ) recentes
- Artur
26-04-2014 às 14:43:01O que é a Alexandria?
¬ Responder - Sophia
30-04-2014 às 20:35:48Foi uma cidade fundada por Alexandre Magno, o Grande, em 332 antes de Cristo e era a principal cidade do Egito. Hoje a sua capital se chama Cairo e está sobre o poder árabe. Na antiguidade, ela era um verdadeiro paraíso, com um grande centro cultural e comercial, tudo era bem farto e as pessoas se davam muito bem!
¬ Responder - Isabela
25-04-2014 às 11:39:35Foi muito bom o texto
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De Alexandria Às Trevas Do Século XXI obrigado - Marcelo
27-04-2014 às 18:12:38Muito obrigado Isabela, tanto por ter lido quanto por ter gostado!
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Um abraço,
Marcelo Medeiros. - Sophia
18-04-2014 às 22:30:14A Rua Direita agradece pelo seu conteúdo. O século XXI, infelizmente, vive num cenário deprimente, em que foram criadas filosofias, uma cultura medíocre. O pós-modernismo entrou com uma ideologia fatalista e as pessoas aceitaram com naturalidade. Hoje, vive-se a colheita do que se plantou e não foram nada boas!
¬ Responder - Francisco
15-04-2014 às 22:59:35Sempre adorei história , muito legal , qual é a história do Brasil? Foram os portugueses que criaram Brasil?
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