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Início > Textos > Categoria > Literatura > A polêmica da adaptação de Machado de Assis

A polêmica da adaptação de Machado de Assis

Categoria: Literatura
A polêmica da adaptação de Machado de Assis

Sabemos que a linguagem é um fator muito importante em nosso dia a dia. A partir dela fazemos o uso de diversos tipos de comunicação, algumas mais informais, outras menos. Além disso, não podemos esquecer que no decorrer dos anos, estamos cada vez mais nos adaptando a novos vocabulários. Gírias e até palavras em inglês passam a fazer parte do nosso cotidiano, como por exemplo, “fast food”, “shopping”, “skate”, ou “website”.

A partir disso, nota-se que a chamada “evolução ortográfica” se faz necessária e muito presente em nossas vidas. Porém, não devemos esquecer de que a cultura de cada país é um fator importante. Não devemos deixar de lado nossas raízes culturais, pois é a partir delas que se gera conhecimento e cultura, bases necessárias para qualquer pessoa. Partindo destes conceitos, veio à tona uma polemica envolvendo uma escritora que decidiu publicar uma adaptação simplificada do conto "O alienista", de Machado de Assis. A escritora utilizou como justificativa de seu projeto, o argumento de que muitos jovens deixam de ler obras como esta por conta da dificuldade da linguagem do autor.

Se analisarmos alguns contribuintes da literatura Brasileira, podemos perceber que seus textos possuem linguagem extremamente culta, e partindo da visão dos jovens de hoje em dia: “complicada”. Todavia, o que deve ser considerado é que justamente o “complicado” nos leva a lutar e nos esforçar para um entendimento completo do assunto. É exatamente na dificuldade que se aprende. Como disse o professor da USP Alcides Villaça: “É absurdo imaginar que a função da escola seja facilitar qualquer coisa, em vez de levar a trabalhar com as dificuldades da vida, da crítica e do conhecimento.”.

Portanto, não é valido simplificar a linguagem de um clássico, pelo fato de que isso tiraria a essência de sua obra. É justamente o “complicado” que contribui para que a obra seja tão fabulosa e culta. Citando novamente, José Maria e Silva da Revista Bula disse: “Mesmo “O Alienista”, talvez o enredo mais movimentado de toda a sua obra, depende substancialmente da linguagem, pois é nela que moram a argúcia e a ironia do conto”.

Não somente os jovens, mas todas as pessoas precisam de uma barreira de dificuldade, para que possam crescer e aprender cada vez mais. Porém isso não vem com a facilitação das coisas e sim, com a força de vontade para se interpretar um texto que seja mais difícil, mas que trará benefícios futuros, como a ampliação do vocabulário e o aprendizado.


Isadora Saliba

Título: A polêmica da adaptação de Machado de Assis

Autor: Isadora Saliba (todos os textos)

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Comentários - A polêmica da adaptação de Machado de Assis

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Fine and Mellow

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Tema: Música
Fine and Mellow\"Rua
"O amor é como uma torneira
Que você abre e fecha
Às vezes quando você pensa que ela está aberta, querido
Ela se fechou e se foi"
(Fine and Melow by Billie Holiday)

Ao assistir a Bio de Billie Holiday, ocorreu-me a questão Bluesingers x feminismo, pois quem ouve Blues, especialmente as mais antigas, as damas dos anos 10, 20, 30, 40, 50, há de pensar que eram mulheres submissas ao machismo e maldade de seus homens. Mas, as cantoras de Blues, eram mulheres extremamente independentes; embora cantassem seus problemas, elas não eram submissas a ponto de serem ultrajadas, espancadas... Eram submissas, sim, ao amor, ao bom trato... Essas mulheres, durante muito tempo, tiveram de se virar sozinhas e sempre que era necessário, ficavam sós ou mudavam de parceiros ou assumiam sua bissexualidade ou homossexualidade efetiva. Estas senhoras, muitas trabalharam como prostitutas, eram viciadas em drogas ou viviam boa parte entregues ao álcool, merecem todo nosso respeito. Além de serem precursoras do feminismo, pois romperam barreiras em tempos bem difíceis, amargavam sua solidão motivadas pelo preconceito em relação a cor de sua pele, como aconteceu a Lady Day quê, quando tocava com Artie Shaw, teve que esperar muitas vezes dentro do ônibus, enquanto uma cantora branca cantava os arranjos que haviam sido feitos especialmente para ela, Bilie Holiday. Foram humilhadas, mas, nunca servis; lutaram com garra e competência, eram mulheres de fibra e cheias de muito amor. Ouvir Billie cantar Strange Fruit, uma das primeiras canções de protestos, sem medo, apenas com dor na alma, é demais para quem tem sentimentos. O brilho nos olhos de Billie, fosse quando cantava sobre dor de amor ou sobre dor da dor, é insubstituível. Viva elas, nossas Divas do Blues, viva Billie Holiday, aquela que quando canta parte o coração da gente; linda, magnifica, incomparável, Lady Day.

O amor vai fazer você beber e cair
Vai fazer você ficar a noite toda se repetindo

O amor vai fazer você fazer coisas
Que você sabe que são erradas

Mas, se você me tratar bem, querido
Eu estarei em casa todos os dias

Mas, se você continuar a ser tão mau pra mim, querido
Eu sei que você vai acabar comigo

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Sayonara Melo

Título:Fine and Mellow

Autor:Sayonara Melo(todos os textos)

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