Torne-se no banqueiro do seu tempo!
Fazem toillete, parecem conferir alguma segurança e, quando não estão parados (sim, porque há para aí gente que não se importa de andar a passeá-los no carpo em estado de constante hibernação…), fornecem informação, mais ou menos precisa, acerca das horas, minutos, segundos, dia e mês em que se está, e o que mais lhe tiver sido possibilitado. E, se como diz o ditado, «tempo é dinheiro», então, andar com relógio é equivalente a exibir maços de notas compactos enrolados à volta do pulso todos os dias! E se pensarmos nos grandes empresários, para quem um minuto pode significar milhões transaccionados… o melhor é mesmo meter as mãos nos bolsos!
Todavia, o tempo não é apenas dinheiro; é também vida! É nele que vivemos, nos movemos e existimos.
É ele que nos marca os momentos certos, que nos faz esquecer dificuldades, mágoas e quezilas, e nos traz gratas e imortais recordações, sob o traço indelével de uma lembrança quase real.
Pois bem, nesta perspectiva, há quem valorize imensamente mais as vivências de que o tempo é protagonista do que o eventual dinheiro que possa aportar. Foi recentemente criado um Banco de Tempo, que apresenta um funcionamento em tudo semelhante a uma entidade bancária normal de valores monetários. Efectivamente, realizam-se depósitos, há cheques, levantamentos e aplicações, mas os conceitos referem-se a talentos e disponibilidade. O lucro é garantido para todos. Se, por exemplo, o senhor A, de determinada localidade, solicitar os serviços de alguém que lhe ensine a fazer na perfeição um nó de gravata, ganha ele e a pessoa que lhe dispensar o serviço. Do mesmo modo, se a dona B necessitar de quem a acompanhe a uma consulta por uns instantes, verá o seu problema solucionado e facultará à sua companhia o bem-estar que decorre dessa nobre acção de desprendimento. Existe neste banco uma base de dados com ofertas e com pedidos, que é permanentemente actualizada e admite extras. Uma excelente ideia, não? Por várias ordens de razão: desinstala as pessoas de si mesmas, potencia os dons inatos, ocupa-as de forma útil, permite o convívio, transforma-as positivamente, dá-lhes novas razões para viver, …
Entretanto, seria bom depositar alguma paciência no acordar e ir educando o mau génio para não ter impulsos irrefreáveis de partir o despertador aos bocadinhos quando ele começa a tocar desalmadamente logo de manhã. E, já agora, também é escusado dormir com ele debaixo da almofada para só dizer que acordou em cima da hora!!!...
Comentários ( 2 ) recentes
- Rafaela
21-09-2014 às 14:28:21É verdade! O tempo deve seguir com a certeza de que estamos fazendo bom uso dele, pois ele não volta. Cada minuto que trabalhamos é dinheiro que estamos ganhando, por isso, saiba ter bom senso. Adorei!
¬ Responder - Sophia
09-05-2014 às 17:00:47Parece funcionar muito bem. Obrigada pela sugestão e compartilhar essa ideia.
¬ Responder
Cumprimentos,
Sophia