Namorar pela internet
Depois, e com o passar dos anos, as raparigas lá puderam começar a escolher o namorado, mas por norma era um vizinho, um amigo do irmão mais velho ou alguém das redondezas. Independentemente da escolha da rapariga, a última decisão cabia aos pais. O rapaz lá tinha de parecer há hora marcada e era sujeito à tortura das perguntas habituais de quem vai ver se permite que a filha namore.
Mais tarde, eram os colegas da escola ou o rapaz do café que frequentava que faziam saltar o coração das raparigas. Conheciam-se, faziam amizade e depois sim, logo se começava a namorar. Com o passar do tempo, os pais ficavam a conhecer o namorado e a coisa corria de modo normal até casar.
Se para alguns as formas antigas de namorar à janela ainda é o mais respeitoso, para outros as formas consideradas antigas de encontrar amor, estão de todo ultrapassadas.
Hoje em dia a moda é outra.
Nas mais variadas salas de conversação ou comunidades virtuais, formam-se casais todos os dias, a todos os minutos, a todo o instante.
Trocam-se ideias e conversas e existem os chamados perfis onde de forma discreta, se verificam compatibilidades iniciais. Com ou sem fotografias, são deixadas mensagens de que são, a idade e o que procuram na vida.
Contam-se sonhos e desinibem-se pois afinal, não estão a olhar um para o outro. Quando a química é grande e as palavras normais passam a ter um carácter mais privado, marcam-se encontros. Nem sempre a coisa corre bem, confessam, mas na eventualidade de existir um pequeno dissabor, nada como voltar á comunidade virtual e voltar a procurar.
Trocam-se amizades e conhece-se meio mundo. Do Porto a Lisboa, a distancia é pouca, basta ter um computador com Internet.
Muda-se o ser, muda-se a vontade, e se a tradição já não é o que era, os namoros por Internet vieram para ficar. Não será um amor descartável? Depende da forma como acabam as histórias que começa online.
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Comentários ( 4 ) recentes
- Briana
19-10-2014 às 13:37:33É bem verdade que as relações amorosas mudaram! Li numa pesquisa recente que os namoros pela internet quando chegam ao casamento, duram muito mais que a forma tradicional. Muita gente tem preferido namorar sem contato físico e deixando as coisas acontecerem naturalmente.
¬ Responder - Carolina
19-07-2012 às 12:29:23Eu acho que se travam conhecimentos pela internet, mas não se começa um namoro pela internet. Se assim o é, a culpa não é só da pessoa que está do lado de lá, mas também da do lado de cá que alimenta um sentimento forte por uma pessoa que não conhece na realidade. Encontros depois de algumas conversas e sempre em locais públicos, onde nunca se facultam dados pessoas como as moradas é importante. Nunca namorei com ninguém que tivesse conhecido na internet, mas tenho amigos de já alguns anos que começaram com conhecimentos em chats e que após um café ou outro ficaram amigos para ficar para a vida.
¬ Responder - Liliana
12-07-2012 às 11:25:26A internet foi das coisas mais perigosas e uteis que foi inventada. Pode ser muito boa para umas coisas, mas para estes chats de comunicação e conversas entre pessoas que não se olham nos olhos, a coisa é muito complicada. Quantas histórias conseguimos descobrir ou que até estão por falar sobre estes namoros dos tempos modernos?
¬ Responder - Beatriz
12-07-2012 às 11:25:05Esta coisa dos namoros pela internet tem muito que se lhe diga. Como é que se consegue separar aquilo que é verdadeiro e real, daquilo que é desconhecido e virtual? Até que ponto através de um computador, alguém que está do outro lado não se faz passar por uma coisa que não é na realidade?
¬ Responder