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O Didgeridoo, o instrumento da moda

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Comentários: 5
O Didgeridoo, o instrumento da moda

O Didgeridoo é um instrumento de sopro dos Aborígenes australianos. O seu som é provocado pela vibração do ar. É tocado ao estilo do trompete, encostando os lábios a uma das extremidades. A sua principal característica é o som grave e ressonante que emite.

Segundo alguns historiadores, é o instrumento musical mais antigo do mundo, estimando-se que exista há aproximadamente 40.000 anos, devido a algumas pinturas rupestres encontradas na Austrália.

O Didgeridoo é um tubo oco, escavado por térmitas, sem nenhum orifício para além das duas extremidades, com um bocal de cera de abelha e decorado com pinturas tradicionais. Tem forma cilíndrica ou cónica e o comprimento entre 1 a 2 metros.

Podem ser feitos de vários materiais, como o eucalipto, o bambu, e também de PVC, vidro, plástico, papelão ou couro.

Existem muitas lendas em relação à sua origem. Uma delas leva-nos ao tempo em que ainda não havia luz nem música no mundo. Um grupo de aborígenes apreciava uma fogueira, quando um deles reparou que um pedaço de madeira em chamas, estavam saindo pequenas térmitas.
Rapidamente tirou aquele pedaço de madeira da fogueira e, vendo que era oco, apontou-o para o céu e soprou para salvar as térmitas daquela aflição. Desse sopro saiu o som do Didgeridoo e as térmitas voaram até ao céu, tornando-se em estrelas, que trouxeram a luz ao mundo.

O som que cada instrumento emite depende do tipo de material de que é feito, do grau de secura desse material, do seu comprimento da espessura da parede, do diâmetro da sua cavidade, e da maneira como é tocado.

O Didgeridoo permite fazer música de uma maneira diferente e altamente relaxante. Para o tocar nem sequer é necessário saber música. Basta ir experimentando e criando. Pode-se explorar toda a imensidão de sons que o Digeridoo permite, através de sopros de diferentes intensidades, de sons com a voz e de movimentos com a língua. Por essa razão o Digeridoo é também chamado de instrumento intuitivo.

Este é um instrumento que está cada vez mais difundido pela Europa e pela América do Norte, estando cada vez mais na moda.

A técnica da Respiração Circular, que consiste em encher as bochechas de ar e vaza-lo enquanto se inspira pelo nariz, permite tocar o instrumento por prolongados períodos de tempo, sem interrupção do som. Com ela, a pessoa que toca pode emitir sons contínuos por vários minutos.

Descobriu-se também que aprender e praticar o Didgeridoo ajuda a reduzir o ronco e a apneia do sono e promove uma agradável e poderosa meditação.

O Didgeridoo pode ser tocado sozinho, ou pode acompanhar outros instrumentos, dando uma composição muitas vezes surpreendente.



Catarina Bandeira

Título: O Didgeridoo, o instrumento da moda

Autor: Catarina Bandeira (todos os textos)

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Comentários     ( 5 )    recentes

  • SophiaSophia

    06-05-2014 às 21:54:15

    Nunca ouvi falar deste instrumento por nome de didgeridoo, mas parece ser bem interessante. O mais legal de tudo são as variações de sons que esses instrumentos nos proporcionam. É genial!
    Cumprimentos,
    Sophia

    ¬ Responder
  • moisés pereira júniormoisés pereira júnior

    01-06-2010 às 02:06:09

    Olá Catarina, gostei muito do seu texto e gostaria de ter o email do Rodrigo - que toca e faz didgeridoo - pois tenho interesse em trabalhar com ronco e apnéia. Aguardo retorno e
    sucesso. Moisés.

    ¬ Responder
  • Vera Azinheirocarolina parreira

    29-06-2009 às 18:34:22

    para quem é amante do Didgeridoo ou simplesmente curioso, no dia 17 de julho, na Fábrica do Braço de Prata, irá ser um dia dedicado a este instrumento. workshops, concerto e o maior ronco produzido por didgeridoos todos juntos. Apareçam!

    ¬ Responder
  • rodrigorodrigo

    03-06-2009 às 06:42:03

    oi catarina
    gostei do seu texto...
    toco e faço didgeridoos
    qq coisa ta ae meu e-mail

    bju!

    ¬ Responder
  • Ricardo j souzaRicardo j souza

    25-04-2009 às 21:39:45

    Ola gostei muito desta matéria e agradeço desde ja pela oportunidade e pela apresentação deste instrumento. Poderia me mandar mais conhecimentos entre para meu endereço? Desde ja muito contente por participar com vcs ´´ ruadireita´
    muito obrigado

    ¬ Responder

Comentários - O Didgeridoo, o instrumento da moda

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Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

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Tema: DVD Filmes
Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.\"Rua
Este texto irá falar sobre o filme Ex_Machina, nele podem e vão ocorrer Spoillers, então se ainda não viram o filme, vejam e voltem depois para lê-lo.

Impressões iniciais:

Ponto para o filme. Já que pela sinopse baixei a expectativa ao imaginar que era apenas mais um filme de robôs com complexo de Pinóquio, mas evidentemente que é muito mais que isso.

Desde as primeiras cenas é possível perceber que o filme tem algo de especial, pois não vemos uma cena de abertura com nenhuma perseguição, explosão ou ação sem propósito, típica em filmes hollywoodianos.
Mais um ponto, pois no geral o filme prende mais nos diálogos cerebrais do que na história em si, e isso é impressionante para o primeiro filme, como diretor, de Alex Garland (também roteirista do filme). O filme se mostrou eficiente em criar um ambiente de suspense, em um enredo, aparentemente sem vilões ou perigos, que prende o espectador.

Entrando um pouco no enredo, não é difícil imaginar que tem alguma coisa errada com Nathan Bateman (Oscar Isaac), que é o criador do android Ava (Alicia Vikander), pois ele vive isolado, está trabalhando num projeto de Inteligência Artificial secreto e quando o personagem orelha, Caleb Smith (Domhnall Gleeson), é introduzido no seu ambiente, o espectador fica esperando que em algum momento ele (Nathan) se mostrará como vilão. No entanto isso ocorre de uma forma bastante interessante no filme, logo chegaremos nela.

Falando um pouco da estética do filme, ponto para ele de novo, pois evita a grande cidade (comum nos filmes de FC) como foco e se concentra mais na casa de Nathan, que fica nas montanhas cercadas de florestas e bastante isolado. Logo de cara já é possível perceber que a estética foi pensada para ser lembrada, e não apenas um detalhe no filme. A pesar do ambiente ser isolado era preciso demonstras que os personagens estão em um mundo modernizado, por isso o cineasta opta por ousar na arquitetura da casa de Nathan.

A casa é nesses moldes novos onde a construção se mistura com o ambiente envolta. Usando artifícios como espelhos, muitas paredes de vidro, estruturas de madeira e rochas, dando a impressão de camuflagem para a mesma, coisa que os ambientalistas julgam favorável à natureza. Por dentro se pode ver de forma realista como podem ser as smart-house, não tenho certeza se o termo existe, mas cabe nesse exemplo. As paredes internas são cobertas com fibra ótica e trocam de cor, um efeito que além de estético ajuda a criar climas de suspense, pois há momentos onde ocorrem quedas de energia, então fica tudo vermelho e trancado.

O papel de Caleb á ajudar Nathan a testar a IA de AVA, mas com o desenrolar da história Nathan revela que o verdadeiro teste está em saber se Ava é capaz de “usar”, ou “se aproveitar” de Caleb, que se demonstra ser uma pessoa boa.

Caleb é o típico nerd introvertido, programador, sem amigos, sem família e sem namorada. Nathan também representa a evolução do nerd. O nerd nos dias de hoje. Por fora o cara é careca, barbudão com uns traços orientais (traços indianos, pois a Índia também fica no Oriente), bebê bastante e ao mesmo tempo malha e mantém uma dieta saudável pra compensar. E por dentro é um gênio da programação que criou, o google, o BlueBook, que é um sistema de busca muito eficiente.

Destaque para um diálogo sobre o BlueBook, onde Nathan fala para Caleb:
“Sabe, meus concorrentes estavam tão obcecados em sugar e ganhar dinheiro por meio de compras e mídia social. Achavam que ferramenta de pesquisa mapeava O QUE as pessoas pensavam. Mas na verdade eles eram um mapa de COMO as pessoas pensavam”.

Impulso. Resposta. Fluido. Imperfeição. Padronização. Caótico.

A questão filosófica vai além disso esbarrando no conceito de “vontade de potência”, de Nietzche, mas sobre isso não irei falar aqui, pois já há textos muito bons por aí.

Tem outra coisa que o filme me lembrou, que eu não sei se é referência ou se foi ocasional, mas o local onde Ava está presa e a forma como ela fica deitada num divã, e questiona se Caleb a observa por detrás das câmeras, lembra o filme “A pele que habito” de Almodóvar, um outro filme excelente que algum dia falarei por aqui.

Talvez seja uma versão “O endoesqueleto de metal e silicone que habito”, ou “O cérebro positrônico azul que habito”, mesmo assim não podia deixar de citar a cena por que é muito interessante.

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Autor:Jhon Erik Voese(todos os textos)

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Comentários

  • Suassuna 11-09-2015 às 02:03:47

    Gostei do texto, irei conferir o filme.

    ¬ Responder
  • Jhon Erik VoeseJhon Erik Voese

    15-09-2015 às 15:51:02

    Que bom, obrigado! Espero que goste do filme também!

    ¬ Responder

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