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Não se imobilize!

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Não se imobilize!

Arrendar está, cada vez mais, na moda. Seja por opção, seja pela impossibilidade de comprar casa. Efectivamente, tanto para residir como para passar umas temporadas, o aluguer aparece como uma alternativa bastante mais favorável do que a aquisição.

Dizem os especialistas nestas matérias que se pode economizar até 50 por cento no orçamento das férias se se optar pelo arrendamento de casas particulares, preterindo a ida para um hotel, evitando também o recurso às refeições caras que aí servem, ou pacotes especiais oferecidos pelas agências, que cobram, em geral, avultadas comissões. De facto, existem já regimes de alojamento em self-catering, que propiciam, para além de mais espaço, privacidade e flexibilidade, uma total autonomia no que concerne ao repasto.

Sobretudo no caso de famílias, mais ou menos numerosas, esta faculdade representa imenso em termos do custo final. Colateralmente, haverá uma menor propensão aos habituais abusos cometidos em tempo de ócio no respeitante à alimentação. Talvez tenham de se suprimir as lutas de barrigas por este ano… E não serão precisas aquelas dúzias de cremes anti-celulíticos. É só lucro!

Relativamente à locação de habitações a título mais permanente, a lei da poupança continua a vigorar. A par desta, outras vantagens tentadoras figuram neste panorama: a mobilidade geográfica, o não envolvimento em processos de financiamento bancário e consequente eliminação dos encargos fiscais e de manutenção, sendo os montantes dispendidos apenas referentes ao arrendamento, a liberdade de movimentos, e a oportunidade de se morar na casa idealizada por muito menos do que poderia imaginar… e desembolsar.

Em épocas de crise económica, como a que se vive actualmente, em que muitos trabalhadores perderam a capacidade financeira para continuar a cumprir rigorosamente os seus empréstimos, o aluguer sobrevém como a resposta viável. Sendo assim, cabe aos senhorios conceber esta solução como primária e não secundária, levando a cabo as necessárias reparações, quer a nível do imóvel, quer da mobília que ele contém, por uma questão de respeito para com os seus inquilinos. Paralelamente, constata-se que a maioria das pessoas arrenda sem se aconselhar com profissionais nem legalizar as transacções. Daqui decorrem ilicitudes várias, entre as quais valores completamente desajustados da realidade.

As estatísticas demonstram que há mais gente à procura de casa para locar do que imóveis disponíveis. As expectativas das imobiliárias são bastante optimistas, prevendo que a dificuldade em vender venha a ter um impacto positivo no mercado de arrendamento. Muitos proprietários ver-se-ão na iminência de ter de aproveitar o ensejo para dar a volta à situação vigente. Por outro lado, com mais concorrência, os preços tenderão a baixar, pois todos pretendem sobreviver! Será que se caminha para um equilíbrio?



Maria Bijóias

Título: Não se imobilize!

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

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Comentários     ( 3 )    recentes

  • paulo roberto

    20-03-2017 às 05:06:25

    tem uns inquilinos que estão morando na casa da minha mãe, eles estão com o dinheiro mas não estão pagando o aluguel, neste caso estão até dizendo que eles podem ser bandidos ou gente ruim, o que devo fazer nestes casos, nos precisamos do dinheiro para pagar as dívidas

    ¬ Responder
  • SophiaSophia

    05-05-2014 às 21:22:33

    Alugar a casa é um excelente negócio. Muitas pessoas procuram um lugar para morar, por exemplo, durante um curto período para estudar ou trabalhar fora da sua cidade, então, sempre acontece esses deslocamentos contribuindo a demanda para quem tem casa a alugar. Realmente, pode ser um bom investimento.

    Cumprimentos,
    Sophia

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de Climatizaçãokikos

    15-04-2009 às 10:24:36

    Vim a portugal estudar no erasmos. procurei casa e aluguei. vivo em setubal de lisboa. maria tens pinta a escrever.

    ¬ Responder

Comentários - Não se imobilize!

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

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