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Berbequins – uma grande ajuda em bricolage

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Ferramentas
Visitas: 6
Berbequins – uma grande ajuda em bricolage

O berbequim é uma ferramenta utilizada para perfuração de materiais tão diversos como a madeira, tijolo e mesmo pedra. Naturalmente que, tanto em bricolage como noutras atividades, a escolha das brocas a empregar tem de ser adequada ao material que vai ser trabalhado.

Para furar madeira de um lado ao outro sem lascas, por exemplo, há que empurrar a broca até começar a vê-la na face inversa e só a partir daí fazer o furo final. Já o metal requer a marcação do furo com um punção, para evitar que a broca derrape. Nos ladrilhos usa-se uma broca específica e inicia-se o processo com uma rotação bastante baixa, aumentando gradualmente a velocidade e não fazendo uso da percussão. No que respeita aos azulejos, a ponta do berbequim tem tendência a deslizar, não permitindo furar no sítio que se pretende. Aplicar fita adesiva nesse local facilita sobremaneira esta tarefa.

Embora os berbequins mais pesados executem os furos de forma mais satisfatória, os aparelhos leves são mais práticos para agarrar. Existem, contudo, diferentes tipos de berbequins, destinados às mais variadas funções. Se o objetivo for laborar em lugares sem rede elétrica, o ideal é um berbequim sem fios. Se, pelo contrário, houver possibilidade de dispor de corrente e se pretender efetuar trabalhos em pedra, metal, madeira e betão, assim como aparafusar e desaparafusar, os berbequins com fios constituem a opção mais correta. Não obstante o progresso dos berbequins sem fios, os outros patenteiam ainda uma qualidade francamente superior a perfurar.

Quando se tem de fazer um furo de grande diâmetro numa superfície rígida, aconselha-se a que se tome a empreitada em duas etapas. Primeiro, faz-se um furo pequeno, com a profundidade desejada, e só posteriormente se executa o diâmetro final. Há berbequins que possuem um aplique para que não se exceda a profundidade desejada. Todavia, ainda que o berbequim não seja dotado desta valência, é sempre possível usar fita adesiva na broca, o que favorecerá a visualização da profundidade a furar.

Em alguns casos, os aparelhos dispõem de um segundo punho regulável e um dispositivo que possibilita o controlo da profundidade do furo. Oferecem, em acréscimo, um comutador de velocidade, assaz vantajoso, uma vez que não se podem furar todos os materiais à velocidade máxima (caso da madeira rija e do metal).

É absolutamente recomendável envergar luvas e óculos de proteção aquando da utilização do berbequim, após a qual se deve deixar arrefecer a broca, desligando o berbequim antes de substituir a broca ou proceder a qualquer outra intervenção.

Limpar regularmente, com ar comprimido, todos os orifícios de ventilação do aparelho, assim como o mandril, é de extrema importância. De ressalvar que, antes de iniciar qualquer operação, é fundamental desligar a alimentação elétrica do berbequim!


Maria Bijóias

Título: Berbequins – uma grande ajuda em bricolage

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

Visitas: 6

775 

Imagem por: Mark Heard

Comentários - Berbequins – uma grande ajuda em bricolage

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Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: DVD Filmes
Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.\"Rua
Este texto irá falar sobre o filme Ex_Machina, nele podem e vão ocorrer Spoillers, então se ainda não viram o filme, vejam e voltem depois para lê-lo.

Impressões iniciais:

Ponto para o filme. Já que pela sinopse baixei a expectativa ao imaginar que era apenas mais um filme de robôs com complexo de Pinóquio, mas evidentemente que é muito mais que isso.

Desde as primeiras cenas é possível perceber que o filme tem algo de especial, pois não vemos uma cena de abertura com nenhuma perseguição, explosão ou ação sem propósito, típica em filmes hollywoodianos.
Mais um ponto, pois no geral o filme prende mais nos diálogos cerebrais do que na história em si, e isso é impressionante para o primeiro filme, como diretor, de Alex Garland (também roteirista do filme). O filme se mostrou eficiente em criar um ambiente de suspense, em um enredo, aparentemente sem vilões ou perigos, que prende o espectador.

Entrando um pouco no enredo, não é difícil imaginar que tem alguma coisa errada com Nathan Bateman (Oscar Isaac), que é o criador do android Ava (Alicia Vikander), pois ele vive isolado, está trabalhando num projeto de Inteligência Artificial secreto e quando o personagem orelha, Caleb Smith (Domhnall Gleeson), é introduzido no seu ambiente, o espectador fica esperando que em algum momento ele (Nathan) se mostrará como vilão. No entanto isso ocorre de uma forma bastante interessante no filme, logo chegaremos nela.

Falando um pouco da estética do filme, ponto para ele de novo, pois evita a grande cidade (comum nos filmes de FC) como foco e se concentra mais na casa de Nathan, que fica nas montanhas cercadas de florestas e bastante isolado. Logo de cara já é possível perceber que a estética foi pensada para ser lembrada, e não apenas um detalhe no filme. A pesar do ambiente ser isolado era preciso demonstras que os personagens estão em um mundo modernizado, por isso o cineasta opta por ousar na arquitetura da casa de Nathan.

A casa é nesses moldes novos onde a construção se mistura com o ambiente envolta. Usando artifícios como espelhos, muitas paredes de vidro, estruturas de madeira e rochas, dando a impressão de camuflagem para a mesma, coisa que os ambientalistas julgam favorável à natureza. Por dentro se pode ver de forma realista como podem ser as smart-house, não tenho certeza se o termo existe, mas cabe nesse exemplo. As paredes internas são cobertas com fibra ótica e trocam de cor, um efeito que além de estético ajuda a criar climas de suspense, pois há momentos onde ocorrem quedas de energia, então fica tudo vermelho e trancado.

O papel de Caleb á ajudar Nathan a testar a IA de AVA, mas com o desenrolar da história Nathan revela que o verdadeiro teste está em saber se Ava é capaz de “usar”, ou “se aproveitar” de Caleb, que se demonstra ser uma pessoa boa.

Caleb é o típico nerd introvertido, programador, sem amigos, sem família e sem namorada. Nathan também representa a evolução do nerd. O nerd nos dias de hoje. Por fora o cara é careca, barbudão com uns traços orientais (traços indianos, pois a Índia também fica no Oriente), bebê bastante e ao mesmo tempo malha e mantém uma dieta saudável pra compensar. E por dentro é um gênio da programação que criou, o google, o BlueBook, que é um sistema de busca muito eficiente.

Destaque para um diálogo sobre o BlueBook, onde Nathan fala para Caleb:
“Sabe, meus concorrentes estavam tão obcecados em sugar e ganhar dinheiro por meio de compras e mídia social. Achavam que ferramenta de pesquisa mapeava O QUE as pessoas pensavam. Mas na verdade eles eram um mapa de COMO as pessoas pensavam”.

Impulso. Resposta. Fluido. Imperfeição. Padronização. Caótico.

A questão filosófica vai além disso esbarrando no conceito de “vontade de potência”, de Nietzche, mas sobre isso não irei falar aqui, pois já há textos muito bons por aí.

Tem outra coisa que o filme me lembrou, que eu não sei se é referência ou se foi ocasional, mas o local onde Ava está presa e a forma como ela fica deitada num divã, e questiona se Caleb a observa por detrás das câmeras, lembra o filme “A pele que habito” de Almodóvar, um outro filme excelente que algum dia falarei por aqui.

Talvez seja uma versão “O endoesqueleto de metal e silicone que habito”, ou “O cérebro positrônico azul que habito”, mesmo assim não podia deixar de citar a cena por que é muito interessante.

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Jhon Erik Voese

Título:Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

Autor:Jhon Erik Voese(todos os textos)

Imagem por: Mark Heard

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Comentários

  • Suassuna 11-09-2015 às 02:03:47

    Gostei do texto, irei conferir o filme.

    ¬ Responder
  • Jhon Erik VoeseJhon Erik Voese

    15-09-2015 às 15:51:02

    Que bom, obrigado! Espero que goste do filme também!

    ¬ Responder

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