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O ritual do casamento japonês

Categoria: Eventos
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Comentários: 3
O ritual do casamento japonês

O tradicional casamento japonês caracteriza-se por um ritual sereno e simultaneamente colorido que, antes de se realizar na sua plenitude, requer a observação de uma série de etapas e preceitos específicos – apesar de muitos casais japoneses optarem por seguir rituais mais simplificados (ou mesmo ignorarem certas fases) e envergar trajes tipicamente ocidentais.

Ainda assim, e de acordo com a tradição tipicamente japonesa, tudo começa com visitas nocturnas discretas do noivo à casa da noiva e, após os pais desta tomarem conhecimento das mesmas, o noivo é convidado a compartilhar bolos de arroz, um sinal de aceitação e bênção por parte dos pais da noiva. Normalmente, o casamento só se celebra após o nascimento de uma criança ou após a morte dos pais do noivo (esta tradição está a cair em forte desuso, por motivos evidentes).

Outra tradição importante é a do Yui-no, que consiste na reunião das famílias de ambos os noivos, partilhando-se alimentos e trocando-se oferendas, entre as quais se encontra o saké (simboliza o carinho e a obediência). O acordo é selado num dia de sorte, seleccionado no almanaque japonês. Por sua vez, os noivos também trocam presentes entre si, sendo que o noivo é geralmente contemplado com uma saia, símbolo de fidelidade.

Antigamente, ainda era costume arranjarem-se casamentos motivados por interesses financeiros e, apesar dos actuais casamentos japoneses se celebrarem por amor, o Mi-ai ainda se realiza esporadicamente, que consiste na entrevista mútua dos pais da noiva e, posteriormente, na apresentação do noivo à noiva.

Os casamentos são tradicionalmente marcados na Primavera e no Outono, devido às condições climatéricas mais favoráveis e em dias especiais, indicados pelo almanaque japonês. Dezenas de casais contraem matrimónio nestes dias, em simultâneo.

A cerimónia propriamente dita pode seguir preceitos religiosos diversos (budista, xintoísta e mesmo católico) e, sendo budista, terá lugar num templo próprio para o efeito. O xintoísmo prevê a realização da cerimónia num templo ou em casa. Neste último caso, o casal enverga quimonos de seda (branco para ela e negro para ele), bem como as convidadas: as mais jovens usam cores fortes e garridas e as mais idosas optam por cores mais escuras e sóbrias. A noiva é toda ela pintada de branco e, juntamente com o quimono, os chinelos próprios e as meias brancas, usa uma peruca enfeitada com ouro, flores e pérolas (simbolizando boa sorte). Enquanto se trocam os votos entre os noivos, as duas famílias permanecem a olhar-se de frente e, numa fase posterior, todos se dirigem ao templo, a fim de fazerem uma oferta aos deuses. Segue-se o ritual do saké, findo o qual os noivos já estão oficialmente casados. Finalmente, a recepção do casamento consiste na festa e, aqui, o ambiente é já mais descontraído. Predominam as cores vermelho e branco na decoração (e também na comida) e, após muitas horas em que a noiva teve de mudar de fato pelo menos quatro vezes, dá-se por finda a festa, que culmina com o regresso dos noivos, agora vestidos com trajes de noivado ocidentais e cobertos com um chapelinho de sol (que indica que agora os dois são já amantes) e finaliza-se com um discurso por parte dos noivos, agradecendo a presença dos convidados. De seguida, os felizes recém-casados partem em lua-de-mel.


Isabel Rodrigues

Título: O ritual do casamento japonês

Autor: Isabel Rodrigues (todos os textos)

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Comentários     ( 3 )    recentes

  • Carla HortaCarla Horta

    15-09-2012 às 23:22:48

    Texto muito bem escrito. Excelente informação. A sociedade tem de estar cada vez mais aberta ao conhecimento de outras culturas e costumes. Muito interessante. Quando nos deparamos cada vez mais com o multi-culturismo, este texto pode vir a ajudar em muitos entendimentos da cultura japonesa.

    ¬ Responder
  • Eduardo TchivindaEduardo Tchivinda

    04-06-2010 às 22:45:28

    Tipo assim algumas coisas estão fixe mais outras não vão lá muito fixe por causa do mundo moderno que estamos acho que devemos modernizar as coisas.

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoTati

    02-09-2009 às 10:05:14

    Olá isabel,

    Legal o seu texto.
    É sempre bom conhecer outros costumes , engraçado como estes as vezes são tão diferentes dos nossos não?

    ¬ Responder

Comentários - O ritual do casamento japonês

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O meu instrumento musical avariou!

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É inevitável que, mais cedo ou mais tarde, um instrumento musical precise de reparação.

Mesmo que conheçamos bem o nosso instrumento e o consigamos arranjar, na maioria das vezes é necessário um técnico para o fazer com a melhor das qualidades.

Eventualmente, nem será necessário existir um problema com o instrumento, poderá ser apenas uma questão de manutenção. 

No caso de uma guitarra, por exemplo, qualquer instrumentista é perfeitamente capaz de substituir uma corda partida e tirar da guitarra o mesmo som que ela tinha.

No entanto, existem reparações, seja uma amolgadela no tampo ou uma tarraxa arrancada, que convêm ser feitas por técnicos especializados.

Por norma, as próprias casas que vendem instrumentos musicais efectuam essas reparações ou são capazes de aconselhar técnicos para as fazer.

Mediante o instrumento musical em questão, a reparação ou manutenção poderá ser mais cara. É sempre mais fácil arranjar um técnico que repare um piano do que um que arranje oboés.

Apesar de ser normal cuidar do nosso instrumento musical regularmente, os percalços acontecem todos os dias. Para os contornar, há sempre alguém que nos poderá aconselhar melhor do que nós próprios.

Apesar de poder sair mais caro, temos também a certeza de que o nosso instrumento foi arranjado por especialistas no assunto.

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Comentários

  • luiz fabiano 18-02-2012 às 15:48:28

    boa tarde amigos preciso de um cabo flex da lcd da camera g70 se aulguem tiver mande um email obrigado

    ¬ Responder

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