Diminua o consumo de água em casa
Há muitas dicas que permitem a poupança de água, amplamente difundidas pelos meios de comunicação social, sobretudo em dias de memória ou comemoração disto ou daquilo relacionado com o tema da água. Contudo, existe ainda muito a crença de que se exagera ou que, pelo menos, os efeitos da falta de água não se farão sentir para agora. Pura ilusão. Além do mais, as pessoas continuam a ter filhos e a dizer que gostam deles. Nesse caso, não quererão vê-los morrer à míngua, pois não? Ou os netos e bisnetos…
Por exemplo, nas casas com pátio, assiste-se, amiúde, a uma lavagem em que é o jato de água que esfrega a calçada, em vez da vassoura. Será isto razoável? De todo! Por outro lado, utilizando um balde para lavar o carro, gasta-se cerca de dez vezes menos água. A rega das plantas e do jardim é outro dos aspetos que pode ser tornado mais eficiente. Um aspersor e o controlo do tempo e da quantidade de água constituem alternativas bastante válidas. O reaproveitamento da água de cozer vegetais para este fim ou da água da chuva (armazenada em recipientes fechados) é outra ideia ainda melhor. Regar as plantas de manhã concorrerá para uma evaporação mais lenta da água, o que se traduz em poupança.
Em casa, uma torneira a pingar pode desperdiçar até 45 litros de água por dia. E, num um mês, perde água que daria para suprir as necessidades de uma pessoa durante 14 dias! Consertar problemas de fugas de água representa a eliminação do desperdício. E, como «no poupar é que está o ganho», sempre são euros não esbanjados.
Na casa de banho, as sanitas são grandes “bebedoras”. O autoclismo afigura-se como responsável por grande parte do consumo do líquido singular. Para reduzir a quantidade expelida por descarga, pode colocar-se uma garrafa de água vazia com a tampa fechada (a fim de reduzir a capacidade de enchimento do depósito). Em acréscimo, nos autoclismos que têm essa funcionalidade, é possível ajustar-se o mecanismo para o volume de descarga mínimo ou interromper o fluxo quando não for necessário o descarregamento total. Depositar o lixo no balde em vez de o deitar pela sanita abaixo (cotonetes, pensos higiénicos, cigarros, etc.) evita, por um lado, entupimentos e, por outro, descargas absolutamente desnecessárias do autoclismo.
No que se refere ao banho, o tempo média de duração deverá ser de, aproximadamente, cinco minutos, dando preferência ao duche, em detrimento do banho de imersão (que gasta muito mais água). Não obstante, se se optar por este último, pode encher-se a banheira apenas até um terço do seu nível máximo. Aproveitar a água fria que sai do chuveiro até à chegada da quente, para ulterior rega de plantas, lavagens domésticas ou da viatura, mudança de água do aquário, para dar de beber a animais de estimação, etcétera, é, identicamente, um meio de preservação do Ambiente e do dinheiro na carteira.
Instalar um compressor redutor de caudal nas torneiras é passível de reduzir o consumo de água para metade! Deve-se, também, fechar a torneira quando se está a ensaboar as mãos, a lavar os dentes ou a fazer a barba.
No que respeita às máquinas de lavar (loiça e roupa), é sensato pô-las a trabalhar somente quando possuem a carga completa ou, em caso de necessidade, premir o botão da meia carga para conseguir maior eficiência. Além da água, poupa-se, igualmente, energia. Não é razoável lavar peças isoladas na máquina. Lavando-as à mão, a água (pelo menos, a do enxaguamento) pode servir para lavar o chão da cozinha ou outra superfície do género.
Aderir à reciclagem do papel é outra boa iniciativa. A produção de papel reciclado consome menos água do que a fabricação de papel virgem. Uma tonelada de papel reciclado economiza 25 mil litros de água!
Por estranho que possa parecer, muitos dos produtos que usamos diariamente exigem a utilização directa ou indirecta da água. O indicador da quantidade de água empregue nos bens e serviços que consumimos denomina-se Pegada de Água (Water Footprint), e retrata a água realmente necessária para sustentar uma população. Por exemplo, cada chávena de café bebida inclui 140 litros de água; cada quilo de carne de vaca pressupõe um gasto de 16 mil litros de água! Um simples hambúrguer de 150 gramas utiliza 2400 litros de água (mais do que uma t-shirt de algodão, que não ultrapassa os 2000 litros). Uma simples folha de papel consome dez litros de água e uma fatia de pão 40. O conceito de Pegada de Água envolve informação baseada na noção de Água Virtual, definida como o volume de água necessário para produzir um bem ou serviço.
Reduzir a Pegada de Água é indispensável para a garantia da sustentabilidade dos recursos hídricos à escala mundial, e está relacionada com a eficiência no uso de água no sector agrícola (melhor aproveitamento da água da chuva, alterações nos sistemas de irrigação, …) e com a mudança nos hábitos e padrões de consumo domésticos. A grande maioria das pessoas não imagina quanta água é gasta nos produtos que consome. Assim sendo, a sensibilização dos consumidores é fundamental para que estes não se tornem cúmplices involuntários da destruição dos recursos do Planeta.
Comentários ( 1 ) recentes
- luana
20-10-2009 às 15:10:58gostei miuto desse site.
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