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O Segredo dos cartões nos hipermercados e marketing

Categoria: Empresariais
Comentários: 2
O Segredo dos cartões nos hipermercados e marketing

Nos dias de hoje e com a crise que se atravessa, cada vez mais os hipermercados lançam promoções, onde os descontos são acumulados em cartões da mesma companhia, para mais tarde poder descontar nas compras que realiza.

Durante o ano, são enviadas cartas com descontos em determinados produtos para casa do consumidor. Por exemplo: Hoje vai ao supermercado compra bebidas alcoólicas, camarão e limão, e passa o cartão da companhia do hipermercado antes de pagar. Após um ou dois meses é enviado para casa deste mesmo consumidor, descontos em determinadas datas de bebidas alcoólicas, camarão e frescos na frutaria, ou seja, existe uma carteira de clientes com respetivo consumo de cada consumidor onde é avaliada ao pormenor a realização destes descontos, entre outros, que leva o consumidor sem dar conta, á compra destes produtos mesmo sem necessitar.

Normalmente, quando nos dirigimos a estes espaços comerciais é porque precisamos de comprar produtos que nos fazem falta, onde não nos passa pela ideia, o que está por trás destas companhias e seus segredos de marketing para cativar o cliente.

Em épocas sazonais utilizam o primeiro corredor da entrada para promoções ou utensílios da respetiva época, no caso do verão, colocam os brinquedos de praia para crianças, cadeiras de praia, piscinas de casa etc. ou no caso do natal, toalhas de natal, velinhas alusivas a esta época etc. o que leva ao consumidor a lembrar-se que até pode dar jeito tal utensilio ou que não tem, e que até poderá vir a ser útil.

Outra forma de cativar o consumidor é nas caixas de pagamento, no momento em que o cliente está a espera da sua vez de pagar, vai ocupando o tempo olhando para revistas que tem notícias interessantes e empolgantes, pastilhas elásticas, sacos de reboçados e balões de bonecos animados, que as crianças não resistem a pedir ao pais porque dá na televisão.

Todas estas formas indiretamente, são técnicas de marketing que levam o consumidor a adquirir produtos às vezes promocionais que nem consta na lista de compras, acabando por gastar o dobro do que ía comprar.


Sandra Mendes

Título: O Segredo dos cartões nos hipermercados e marketing

Autor: Sandra Mendes (todos os textos)

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Comentários     ( 2 )    recentes

  • Luís Silva

    09-10-2012 às 21:02:17

    Concordo plenamente com os textos.
    Falta apenas introduzir que existem outras 1000 estrategias, claro que não se consegue referir todas. Mas uma que eu acho importante que as pessoas saibam é que os produtos mais caros e mais vantajosos para os que estão no "lado de lá" são os produtos que estão ao nível dos nossos olhos. É uma estrategia saber a altura média dos portugueses e colocar os produtos mais caros ao nível dos olhos porque sabem que o consumidor portugues não se dá ao trabalho de olhar de cima abaixo, por consequencia pegam logo no que lhes salta aos olhos. Para os que estão a ler estes textos e não sabiam nada disto, fica uma dica: Não olhem só para o que vos salta aos olhos, acima desse produto existe outro produto com as mesmas características, com a diferença de ser de outra marca e de ser mais barato.

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoCarlos Santo

    31-07-2012 às 12:52:41

    Tudo o que disse e bem verdade, mas a uma questão que tem que questionar, será que as promoções não são vantajosas? Vendo bem as coisas é tudo uma questão de markting, mas lá no fundo é muito mais que isso, mas já la vamos...
    A questão é que se uma pessoa planear com antecedencia a sua lista de compras e para um tempo já algo alargado, por exemplo fazer as compras para um mês, pode aproveitar depois os descontos para o que precisa e saber se vale ou não a pena comprar determinado produto, já que tendo a sua lista feita e ter um plano do que costuma comprar quando e a quantidade e muito mais fácil gerir todos esses descontos e promoções sendo por isso proveitosas para algumas pessoas que não se deixam levar por promoções.
    Agora quanto à questão dos cartões serem muito mais que apenas markting é bem verdade, já se questionou o porque de usar um cartão e o desconto não ser logo na factura?
    Bem é simples, como cada vez mais por todo o mundo, os dados valem dinheiro, e se souber consultar esses dados de modo a extrair informação então ainda mais dinheiro podem valer.
    A questão é simples, todo o que compramos sem desconto, com desconto, qual o dia da semana, dinheiro gasto, quando se gasta o dinheiro do cartão, todos os dados que sejam possíveis obter aquando a compra são gravados num gigantesca base de dados, onde à postriori os dados são analisados (Data Mining) de maneira a obter informações importantes sobre os seus clientes tais como produtos mais desejados, datas de menos afluência as compras, e com isso conseguem enviar promoções diferentes para cada cliente de modo a aumentar os lucros pois conseguem colocar mais pessoas a comprar os produtos que querem, ou seja, o cartão não é apenas ocupar a carteira, é dar informação muito valiosa sobre os hábitos de compra que possui...

    ¬ Responder

Comentários - O Segredo dos cartões nos hipermercados e marketing

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Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

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Tema: DVD Filmes
Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.\"Rua
Este texto irá falar sobre o filme Ex_Machina, nele podem e vão ocorrer Spoillers, então se ainda não viram o filme, vejam e voltem depois para lê-lo.

Impressões iniciais:

Ponto para o filme. Já que pela sinopse baixei a expectativa ao imaginar que era apenas mais um filme de robôs com complexo de Pinóquio, mas evidentemente que é muito mais que isso.

Desde as primeiras cenas é possível perceber que o filme tem algo de especial, pois não vemos uma cena de abertura com nenhuma perseguição, explosão ou ação sem propósito, típica em filmes hollywoodianos.
Mais um ponto, pois no geral o filme prende mais nos diálogos cerebrais do que na história em si, e isso é impressionante para o primeiro filme, como diretor, de Alex Garland (também roteirista do filme). O filme se mostrou eficiente em criar um ambiente de suspense, em um enredo, aparentemente sem vilões ou perigos, que prende o espectador.

Entrando um pouco no enredo, não é difícil imaginar que tem alguma coisa errada com Nathan Bateman (Oscar Isaac), que é o criador do android Ava (Alicia Vikander), pois ele vive isolado, está trabalhando num projeto de Inteligência Artificial secreto e quando o personagem orelha, Caleb Smith (Domhnall Gleeson), é introduzido no seu ambiente, o espectador fica esperando que em algum momento ele (Nathan) se mostrará como vilão. No entanto isso ocorre de uma forma bastante interessante no filme, logo chegaremos nela.

Falando um pouco da estética do filme, ponto para ele de novo, pois evita a grande cidade (comum nos filmes de FC) como foco e se concentra mais na casa de Nathan, que fica nas montanhas cercadas de florestas e bastante isolado. Logo de cara já é possível perceber que a estética foi pensada para ser lembrada, e não apenas um detalhe no filme. A pesar do ambiente ser isolado era preciso demonstras que os personagens estão em um mundo modernizado, por isso o cineasta opta por ousar na arquitetura da casa de Nathan.

A casa é nesses moldes novos onde a construção se mistura com o ambiente envolta. Usando artifícios como espelhos, muitas paredes de vidro, estruturas de madeira e rochas, dando a impressão de camuflagem para a mesma, coisa que os ambientalistas julgam favorável à natureza. Por dentro se pode ver de forma realista como podem ser as smart-house, não tenho certeza se o termo existe, mas cabe nesse exemplo. As paredes internas são cobertas com fibra ótica e trocam de cor, um efeito que além de estético ajuda a criar climas de suspense, pois há momentos onde ocorrem quedas de energia, então fica tudo vermelho e trancado.

O papel de Caleb á ajudar Nathan a testar a IA de AVA, mas com o desenrolar da história Nathan revela que o verdadeiro teste está em saber se Ava é capaz de “usar”, ou “se aproveitar” de Caleb, que se demonstra ser uma pessoa boa.

Caleb é o típico nerd introvertido, programador, sem amigos, sem família e sem namorada. Nathan também representa a evolução do nerd. O nerd nos dias de hoje. Por fora o cara é careca, barbudão com uns traços orientais (traços indianos, pois a Índia também fica no Oriente), bebê bastante e ao mesmo tempo malha e mantém uma dieta saudável pra compensar. E por dentro é um gênio da programação que criou, o google, o BlueBook, que é um sistema de busca muito eficiente.

Destaque para um diálogo sobre o BlueBook, onde Nathan fala para Caleb:
“Sabe, meus concorrentes estavam tão obcecados em sugar e ganhar dinheiro por meio de compras e mídia social. Achavam que ferramenta de pesquisa mapeava O QUE as pessoas pensavam. Mas na verdade eles eram um mapa de COMO as pessoas pensavam”.

Impulso. Resposta. Fluido. Imperfeição. Padronização. Caótico.

A questão filosófica vai além disso esbarrando no conceito de “vontade de potência”, de Nietzche, mas sobre isso não irei falar aqui, pois já há textos muito bons por aí.

Tem outra coisa que o filme me lembrou, que eu não sei se é referência ou se foi ocasional, mas o local onde Ava está presa e a forma como ela fica deitada num divã, e questiona se Caleb a observa por detrás das câmeras, lembra o filme “A pele que habito” de Almodóvar, um outro filme excelente que algum dia falarei por aqui.

Talvez seja uma versão “O endoesqueleto de metal e silicone que habito”, ou “O cérebro positrônico azul que habito”, mesmo assim não podia deixar de citar a cena por que é muito interessante.

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Jhon Erik Voese

Título:Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

Autor:Jhon Erik Voese(todos os textos)

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Comentários

  • Suassuna 11-09-2015 às 02:03:47

    Gostei do texto, irei conferir o filme.

    ¬ Responder
  • Jhon Erik VoeseJhon Erik Voese

    15-09-2015 às 15:51:02

    Que bom, obrigado! Espero que goste do filme também!

    ¬ Responder

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