Habilidades profissionais x diploma de universidade tradicional
A despeito da preferência por profissionais graduados em universidades tradicionais, atualmente, na prática, a tendência vem sofrendo modificações significativas.
Investindo em capacitação para captação de recursos humanos, as empresas vêm optando por avaliar não apenas a origem do diploma do candidato à vaga, mas também suas habilidades profissionais, bem ainda a capacidade de se relacionar com superiores hierárquicos e também com colegas de trabalho, bem ainda, para os casos em que o cargo exige as qualificações das quais o indivíduo dispõe para ocupar cargos de chefia, que demandem organização e liderança para realização de trabalhos em grupo.
É fato que profissionais egressos de universidades tradicionais são em números menores em relação aqueles que saem das demais universidades, bem ainda que a preferência da grande maioria dos executivos contratantes é por aqueles primeiros, porém, as grandes empresas têm atentado para o fato de que as capacitações que buscam nos profissionais não necessariamente vêm atreladas com o diploma de graduação que conquistaram.
Em pesquisas feitas por institutos próprios, profissionais da área têm constatado que aqueles oriundos de instituições tradicionais, eventualmente não dispõem da mesma disposição e disponibilidade para se dedicar ao trabalho, condição inerente aos demais profissionais, muitos buscando compensar um fato com uma situação, além do fato de que os primeiros comportam-se de forma arrogante e indiferente.
A busca do mercado de trabalho é por pessoas que saibam liderar, sejam sociáveis e comunicativas, e o preconceito que sempre pairou sobre executivos na hora de contratar, mantendo uma mera repetição de padrão, ao longo de muito tempo impediu acesso de pessoas qualificadas com aquelas características a bons postos de trabalho.
A realidade na área do direito não difere. Para se candidatar a vaga de estágio nos grandes escritórios, o estudante, não raro, deve por requisito integrar as grandes universidades como USP, PUC, Mackenzie, caso contrário não é apto a inscrever-se à seletiva.
Ao aplicar processos de seleção, empresas especializadas em capitação de recursos humanos têm se deparado com situação diversa da antiga realidade.
O que não se pode olvidar é que com aplicação de avaliação pelo Ministério da Educação e Cultura aos cursos superiores, a cultura à tradição passa por transformações, uma vez que tais avaliações visam conferir continuidade ou encerramento às atividades dos cursos superiores, o que confere ainda às empresas meio para analisar e avaliar a qualidade da origem acadêmica do profissional em processo de recrutamento.
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Comentários ( 2 ) recentes
- Rafaela
04-07-2014 às 21:20:55Adquirir um diploma é muito bom, mas ter habilidade profissional deve estar em conformidade. As empresas reclamam muito hoje em dia da falta de capacidade, mesmo com os melhores diplomas. Tem que haver concordância.
¬ Responder - Sofia Nunes
16-09-2012 às 16:56:31É um tema interessante, aquele que discute neste artigo. Os diplomas universitários são vistos, nos dias que correm, como essenciais para o sucesso profissional, sendo até já a licenciatura vista como o mínimo possível. Assim, cada vez mais os alunos investem em pós-graduações, mestrados e doutoramentos. No entanto, ser diplomado não significa que não se possuam habilidades práticas, como muitos empregadores parecem pensar. Cabe tanto às universidades quanto aos alunos investirem nessa vertente em particular.
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