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Classe Média

Categoria: Empresariais
Classe Média

Face à atual conjuntura económica, não poderia deixar de citar um diálogo ocorrido em 1661, entre Colbert e Mazarino. Colbert foi ministro de Estado e da economia do Rei Luís XIV. Mazarino era cardeal e estadista italiano que serviu como primeiro-ministro em França.

O dialogo versa assim:

“Colbert: Para encontrar dinheiro, há um momento em que enganar (o contribuinte) já não é possível. Eu gostaria Senhor Superintendente, que me explicasse como é que é possível continuar a gastar quando já se está endividado até ao pescoço.
Mazarino: Se se é um simples mortal, claro está, quando se está coberto de dívidas, vai-se parar à prisão. Mas o Estado… o Estado, esse, é diferente!!! Não se pode mandar o Estado para a prisão. Então, ele continua a endividar-se... Todos os Estados o fazem!

Colbert: Ah sim? O Senhor acha isso mesmo? Contudo, precisamos de dinheiro. E como é que havemos de o obter se já criamos todos os impostos imagináveis?
Mazarino: Criam-se outros.

Colbert: Mas já não podemos lançar mais impostos sobre os pobres.
Mazarino: Sim, é impossível.

Colbert: E então e os ricos?

Mazarino: Sobre os ricos também não. Eles deixariam de gastar. Um rico que gasta faz viver centenas de pobres.

Colbert: Então como havemos de fazer ?

Mazarino: Colbert! Tu pensas como um queijo, como um penico de um doente! Há uma quantidade enorme de gente situada entre os ricos e os pobres: São os que trabalham sonhando em vir a enriquecer e temendo ficarem pobres. É a esses que devemos lançar mais impostos, cada vez mais, sempre mais! Esses, quanto mais lhe tiramos mais eles trabalharão para compensarem o que lhes tiramos. É um reservatório inesgotável.”
De facto tal diálogo em tudo se assemelha à realidade em que vivemos.

É certo que são necessárias medidas para combater os tempos de austeridade em que vivemos. No entanto, o alvo é sempre o mesmo. Os sacrifícios são sempre exigidos àqueles que dedicam uma vida de trabalho, declaram e pagam todos os seus impostos, conquanto ainda tenham que suportar todos os encargos inerentes a serviços que o Estado deveria prestar de forma gratuita e de forma igual para todos os cidadãos. Não é justo! Não é justo o pagamento dos serviços públicos serem taxados de acordo com a Declaração de Rendimentos. Não é justo que os funcionários públicos e todos os outros trabalhadores por conta de outrem, cuja respectiva declaração de rendimentos espelha a realidade, tenham que pagar mais de taxas moderadoras nos hospitais, mais pelo passe social, não beneficiando de qualquer apoio estatal, em detrimento de aqueles que pouco ou nada declaram. Para estes, cujos rendimentos declarados nada têm aderência com a realidade, e que se furtam ao cumprimento das suas obrigações enquanto cidadãos, acabam ainda assim por serem premiados! Para além de fugir ao fisco ainda beneficiam de tudo o que o Estado tem para dar.

Tais medidas, jamais em tempo algum o são pela promoção da justiça e protecção social. São sim, medidas inconstitucionais descriminando o acesso à saúde, educação e todos os demais elementares serviços consagrados constitucionalmente, em função… da declaração de Rendimentos.

Para além disso, são medidas que potenciam a fuga ao fisco. Pois, quanto menos se declara menos impostos se pagam, e mais regalias se obtém.


Paulo Jorge Rocha Janela

Título: Classe Média

Autor: Paulo Jorge Janela (todos os textos)

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Os primeiros brinquedos

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Tema: Brinquedos
Os primeiros brinquedos\"Rua
O brinquedo é mais do que um objecto para a criança se divertir e distrair, é também uma forma de conhecer o mundo que tem ao seu redor e para dar asas à sua imaginação. Desta forma, os brinquedos sempre estiveram presentes na sociedade.

Os primeiros brinquedos datam de 6500 anos atrás, no Japão, em que as crianças brincavam com bolas de fibra de bambu. Entretanto há 3000 anos surgiram os piões feitos de argila e decorados, na Babilónia.

No século XIII apareceram os soldadinhos de chumbo, porém só eram acessíveis às famílias nobres. Cinco séculos mais tarde, apareceram as caixas de música, criadas por relojoeiros suíços.

As bonecas são muito antigas, surgiram enquanto figuras adoradas como deusas, há 40 mil anos, mas a primeira fábrica abriu apenas em 1413 na Alemanha. Barbie, a boneca mais famosa do mundo, foi criada em 1959, mas ainda hoje é das mais apetecíveis pelas crianças.

O grande boom dos brinquedos aconteceu quando se descobriu o plástico para o fabrico. Mesmo assim, muitas famílias não podiam comprar brinquedos aos filhos, como tal, estes utilizavam diversos tipos de materiais e construíam os seus próprios brinquedos.

Actualmente, as crianças têm acesso a uma enorme variedade de brinquedos, desde bonecas, a carros telecomandados, a videojogos… Educativos ou apenas lúdicos, há de tudo e para todos os gostos e preços.

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Comentários

  • umdolitoys 23-01-2013 às 05:46:38

    Adorei a reportagem! e tenho algo para vocês verem!!

    Espero que gostem!!!

    ¬ Responder
  • sofia 22-07-2012 às 21:56:29

    Achei muito interecante e muito legal saber que ano foi fabricadoas bonecas

    ¬ Responder

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