Quando queremos ver um filme
Independentemente disso, há películas para todos os gostos, com lágrimas para os mais chorões, suspiros profundos para os românticos, palavrões e pancada para os “durões”, suspense para as almas mais despertas, e até sustos de alta qualidade para os amantes do terror. É bom que a coragem destes últimos tenha consequências mais práticas do que o simples eco das palavras a proferi-la; não vá ocorrer que a humidade nas calcinhas contrarie o que a boca diz…
Os fantasmas e os esqueletos são um recurso sobejamente utilizado para testar a valentia dos espectadores.
Normalmente, os gritos provêm de audazes que apenas querem mostrar que, se tivessem medo, era naquelas circunstâncias que o sentiriam e daquele modo que o exprimiriam. As crianças, sinceras por natureza, pelo menos têm a bravura de assumir, como gente grande, os seus temores.
E se, de repente, numa conversa de esqueletos um deles afirmasse não ser capaz de dar um triplo salto mortal por receio de arriscar a pele?
Ou se aparecesse um fantasma supersticioso a perguntar a outro se acredita em humanos? Diferente, não é? Acaba por ser uma viagem ao outro lado de uma pseudo-realidade em que muitos acreditam, mas que provoca arrepios e pavor noutros tantos. Não obstante, há quem goste de um bom desafio e queira pôr à prova os seus supostos limites. É como a montanha russa: grita-se por uma coisa que, no fundo, dá prazer.
Umas horas prazeirosas é o que procuram aqueles que recorrem à imensa variedade de oferta que os DVD proporcionam. De facto, o preenchimento de determinada expectativa contribui para a boa disposição e, por conseguinte, para o bem-estar.