De bicicleta e com precaução
Com o piso molhado, o perigo de queda, derrapagem e outros contratempos aumenta. Alguns pavimentos tornam-se especialmente escorregadios quando estão molhados, como é o caso dos paralelos, dos carris (de elétrico e comboio), de superfícies metálicas e certas tintas utilizadas na sinalização. Do mesmo modo, é preciso ter cuidado com possíveis lençóis de água e bermas para onde a chuva tenha atirado lixos diversos e se depositam substâncias oleaginosas.
Há quem goste bastante de andar de bicicleta quando está a cair aquela chuvinha miúda (que se costuma apelidar de “molha tolos”, mas que, na realidade molha quem quer que ande na rua, pelo que, afinal, os tolos talvez sejam mais do que se suspeitaria…), pedalando ao sabor de uma liberdade única, principalmente se também se fizer sentir um ventinho, que refresca e vai secando as pingas depositadas na roupa. Em acréscimo, a chuva fraca pode ser mote para exibir umas “avarias” à maneira em cima das duas rodas. Se estiver a chover mais, o melhor é tentar abreviar os brios e a viagem, porque ensopado é um prato que até se come quente!
Não obstante, e ainda que se ande mais com o piso molhado do que propriamente debaixo de chuva, há alterações na condução que essa circunstância exige. Por exemplo, recorrer ao travão da frente nas curvas, com o chão encharcado, não é boa ideia: faz derrapar. É preferível utilizar o de trás. Independentemente, a bicicleta irá travar sempre menos. Os guarda-lamas são importantes, na medida em que conferem maior conforto, por evitarem sujar a roupa com lama e salpicos. Quando se estaciona o velocípede, o ideal será proteger o selim com algo impermeável, para que, no regresso, não experimente uma sensação semelhante à de incontinência urinária.
No que se refere a vestuário, a impermeabilidade é uma imposição para quem pretenda manter-se seco. Neste âmbito, existe uma vasta panóplia de alternativas que contentam as diversas tendências estéticas. O tronco, os braços e as coxas são as áreas corporais mais expostas à chuva, devendo ser as mais protegidas. É aconselhável que os sapatos sejam, igualmente, impermeáveis ou encontrar-se tapados com capas apropriadas. Alguns ciclistas optam por cobri-los com sacos de plástico, mas há que atentar à possível diminuição da aderência aos pedais!
Ter o guarda-chuva aberto enquanto se pedala não é muito prático, e no Japão dá direito a multa. A atenção e a concentração são as palavras de ordem. O resto é desporto e aventura. E você, tem ou não pedalada?
Comentários ( 1 ) recentes
- Luene
01-07-2014 às 23:41:51Fizeste-me lembrar de meus momentos de criancice ao andar de bicicleta pelo meu bairro. Realmente, devemos ter precaução e cuidado. Tive um pequeno acidente, mas que não foi grave e a partir disso, tomei mais cuidado ainda!
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