Bem vindo à Rua Direita!
Eu sou a Sophia, a assistente virtual da Rua Direita.
Em que posso ser-lhe útil?

Email

Questão

a carregar
Textos | Produtos                                                    
|
Top 30 | Categorias

Email

Password


Esqueceu a sua password?
Início > Textos > Categoria > Brinquedos > O meu cavalinho de pau

O meu cavalinho de pau

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Brinquedos
Visitas: 86
Comentários: 1
O meu cavalinho de pau

No imaginário de cada criança, encontramos milhões de brincadeiras.

Umas mais do que outras, as crianças têm a extraordinária capacidade de brincar com qualquer coisa, qualquer pessoa, em qualquer espaço, independentemente do tempo que faça, ou do tempo que permaneça num local. Portadores de uma fantástica criatividade, as crianças inventam, e inventam tanto que não é muito difícil ouvi-las a falar sozinhas.

As meninas porque falam com os seus bebés ou ensinam letrinhas e números à bonecada, os meninos perecem-nos à partida mais musicais, quando a cada disparo de corridas de carrinhos, imitam o barulho do motores a roncar.

Em suma e como dizia o poeta “…melhor do mundo, são as crianças…”.

Se julgamos que as crianças de hoje só sabem brincar com objectos e que antigamente se inventavam muitas mais brincadeiras sem que fosse necessário carregar uma boneca, estamos ligeiramente enganados.

Existem brincadeiras intemporais e instintivas. Um cavalinho de pau é significado disso.

Brinquedo com dezenas e dezenas de anos, um cavalinho de pau, não é nada mais, nada menos que um pau com uma cabeça de cavalo talhada na extremidade. Ninguém sabe muito bem quem inventou ou quem talhou o primeiro cavalinho de pau, mas a entender pela criatividade, conseguimos ter algumas certezas que o inventor foi uma criança. Na tentativa de ter o seu próprio cavalo e na certeza que este serviria para percorrer mundo, montou-se num pequeno pau e começou a cavalgar.

Uns mais equipados do que outros, os cavalinhos de pau começaram desde cedo a ser alterados. Uns com crinas e rédeas, outros com cabeça de papel, as delicias das crianças são sempre atingidas havendo vontade de ser um verdadeiro cavaleiro.

E se não há quem possa talhar uma cabeça de cavalo em madeira, a vassoura lá de casa também serve, pois o que interessa mesmo é brincar.

Ainda hoje, e contando que este brinquedo é secular, encontramos em muitas lojas e quartos de crianças os famosos cavalinhos de pau. Pintados com cores garridas, envernizados depois de muito bem lixados, pois os cuidados com brinquedos hoje em dia são bem superiores aos de antigamente.

Mais sofisticados, a extremidade traseira é hoje acompanhada por uma pequena roda que desliza e não faz estragar o chão, não vá a mãe zangar-se.

Vivem-se aventuras com todo o tipo de brinquedos, mas um cavalinho de pau é sempre uma aventura especial. Como se pode ver, nem sempre se mudam as vontades.


Carla Horta

Título: O meu cavalinho de pau

Autor: Carla Horta (todos os textos)

Visitas: 86

765 

Imagem por: edenpictures

Deixe o seu comentárioDeixe o seu comentário

Comentários     ( 1 )    recentes

  • SophiaSophia

    25-04-2014 às 18:40:06

    Lendo seu texto, recordei minha infância e como brincava com meu cavalinho de pau, tão bom recordar isso!

    ¬ Responder

Comentários - O meu cavalinho de pau

voltar ao texto
  • Avatar *     (clique para seleccionar)


  • Nome *

  • Email

    opcional - receberá notificações

  • Mensagem *

  • Os campos com * são obrigatórios


  • Notifique-me de comentários neste texto por email.

  • Notifique-me de respostas ao meu comentário por email.

Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Ler próximo texto...

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

Pesquisar mais textos:

Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

Imagem por: edenpictures

Alerta

Tipo alerta:

Mensagem

Conte-nos porque marcou o texto. Essa informação não será publicada.

Pesquisar mais textos:

Deixe o seu comentário

  • Nome *

  • email

    opcional - receberá notificações

  • mensagem *

  • Os campos com * são obrigatórios