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Zeca Afonso – O Trovador da Liberdade

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Biografias
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Comentários: 2
Zeca Afonso – O Trovador da Liberdade

“A morte saiu à rua num dia assim, Naquele lugar sem nome pra qualquer fim, Uma gota rubra sobre a calçada cai, E um rio de sangue dum peito aberto sai…”

O Homem de Aveiro que cantou Grândola Vila Morena de coração para o coração… e fez história.

José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos, nasceu em Aveiro a 2 de agosto de 1929. Conhecido pelo trovador da Liberdade, era conhecido por José Afonso, mas pedia que o tratassem por Zeca e foi assim que foi tratado.

Aos 3 anos foi viver para Angola e o sabor da natureza daquelas terras africanas nunca mais o desacompanharam. Em 1937 visita novamente Aveiro para de seguida partir para Moçambique. Volta a Portugal em 1937 e vive pela primeira vez o sabor amargo de uma ditadura salazarista onde é obrigado a vestir o fardo traje da Mocidade Portuguesa. Tal peso tornara-se demasiado pesado para Zeca Afonso.

Torna-se um cantor notável na Faculdade de Letras de Coimbra quando se dedica ao fado daquela linda cidade. Completa em 1948 o Curso Geral de Línguas.

Casa com uma humilde costureira, mas em segredo por oposição da sua família. Nasce o primeiro filho do casal em 1953 e vive na altura graves dificuldades económicas. Em 1955 começa a dar aulas. Divorcia-se e termina a licenciatura em Ciencias Histórico-Filosoficas. Edita canções de revolta e lança a canção Os Vampiros considerada a primeira letra de contra a repressão do capitalismo e da ditadura.

Segue-se Baladas de Coimbra e com Trova do Vento que Passa de Manuel Alegre torna-se um dos símbolos da resistência antissalazarista. Em 1964 inspira-se numa realidade única e cria a grande “Grândola Vila Morena” sem adivinhar que exatamente 10 anos depois esta viria a fazer uma extraordinária parte da história de Portugal. Entre 1964 e 1967 reside com os filhos e a 2ª mulher em Moçambique onde começa a sua carreira politica.

Regressado a Portugal no decorrer de 67, começa a lecionar em Setúbal, mas é expulso do ensino. Torna-se desde então um resistente para a democracia. Liga-se ao partido Comunista Português, mas mantem-se independente e em 1968 é preso pela Policia Politica (PIDE).

“Cantigas de maio” é editado em 1971 e participa em vários festivais. “Venham mais cinco” é editado em 1973 e cheira a revolução. É nesta data, muito devido às letras das suas canções tão censuradas pela ditadura, preso no Forte de Caxias.

É-lhe dada a oportunidade de voltar a dar aulas após a Revolução dos Cravos em 25 de abril de 1974. Em 76 apoia incondicionalmente Otelo Saraiva de Carvalho na campanha para as presidenciais.

Na madrugada de 23 de fevereiro de 1987 faleceu o trovador da liberdade no hospital de Setúbal vitima de esclerose lateral amiotrófica. Deixa-nos a obra e as palavras. Cantor, escritor, uma verdadeira alma de poesia única.


Carla Horta

Título: Zeca Afonso – O Trovador da Liberdade

Autor: Carla Horta (todos os textos)

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Comentários     ( 2 )    recentes

  • SophiaSophia

    24-04-2014 às 22:14:48

    Grandes informações a respeito de Zeca Afonso, muito boa abordagem sobre sua vida e seu profissionalismo.

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoSofia Nunes

    11-09-2012 às 13:56:36

    Descobri José Afonso há pouco tempo, já com vinte anos. E foi na altura certa. Foi o espírito dos tempos que se fazem sentir que me empurrou para as suas palavras, para «Maio Maduro Maio», para «Os Vampiros» e para tantas outras canções que, mais ou menos subtilmente, nos alertam para o não cumprimento dos ideais que nasceram com a revolução de Abril. Faz falta ouvir José Afonso, faz falta o acordar dos jovens!

    ¬ Responder

Comentários - Zeca Afonso – O Trovador da Liberdade

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

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