Sobre Florinda Meza dona Florinda do Chaves
Nascida e criada na cidade de Juchypila, no estado de Zacatecas, México, teve uma infância difícil: Com a separação de seus pais, que não puderam ficar com os filhos por serem muito pobres, teve de ser criada junto com os irmãos pelos avós, mas eles eram pouco cuidadosos e faziam ela e os irmãos sofrerem necessidades e humilhações. Isso desencadeou em Florinda uma personalidade forte e determinada a mudar sua situação de vida.1
Na adolescência começou a perceber seu grande gosto e talento PARA artes cênicas. A sua vocação artística aflorou cedo e PARA concretizar seu sonho, foi à procura de emprego e trabalhou como modelo de comerciais para televisão por um período e depois como secretária em um escritório, para pagar os seus estudos, no caso o curso profissionalizante de artes dramáticas, na ANDA (Asociación Nacional de Actores).1
Nessa época seus avós faleceram e ela, sozinha e ainda jovem, teve de sustentar e criar os irmãos ainda crianças. Isso a fez lutar ainda mais por melhorias em sua vida profissional, e estava empenhada, fazendo curso de teatro e trabalhando.
A sua evidente capacidade histriônica, ou seja, uma personalidade muito dramática, viva, forte e intensa, começou a ser percebida em seu curso de teatro. Além de uma capacidade incrível de decorar textos e atuar, ela passou a fazer aulas de dança e canto e conseguiu com muita facilidade dançar, cantar e interpretar ao mesmo tempo, para grande admiração dos professores.
Ao perceber seu grande talento, os professores passaram a envir o nome dela para grandes empresas no ramo artístico e eis que em 1971 ela conhece o empresário e ator Roberto Gómez Bolaños, que lhe fez um inesperado convite: integrar-se à sua equipe de atores. Chespirito, como é conhecido, a convidou para trabalhar com ele em programas humorísticos que estava escrevendo. Atuar na TV com atores famosos seria um grande avanço na carreira de Florinda.
A partir de então, tornou-se a estrela feminina dos programas, realizando diversas caracterizações. O seu primeiro trabalho com Chespirito foi em um esquete de "Don Juan Tenorio". Depois, interpretou a imortal Dona Florinda e a famosa Chimoltrúfia, a vizinha do Pancada, a enfermeira do doutor Chapatin e várias "mocinhas" no quadro do Chaveco. Mais tarde, a sua sobrinha Pópis. Nos episódios de Chapolin Colorado, quase sempre fazia o papel da mocinha.
Em 1977, Florinda e Bolanõs assumiram que estavam juntos. O anúncio foi feito numa viagem que fizeram ao Chile com o elenco de atores para participar de mais uma gravação na TV.
Boatos insinuaram que graças à paixão por Florinda, Roberto Gómez Bolaños e Carlos Villagrán deixaram de se falar e não mantiveram nenhum contato por 20 anos, até se encontrarem novamente em uma homenagem feita pela emissora Televisa ao mestre Chespirito. Entretanto, fatos e entrevistas dão conta de que a saída de Villagrán do programa se deu pela noção do ator de que seu personagem, Quico, era o mais popular da série e que, em carreira solo, poderia fazer mais sucesso que a série original. Apesar disso, nenhuma das séries realizadas por Villagrán após sua saída do elenco original de Chaves teve sucesso e o ator somente é lembrado pelos curtos anos de trabalho com Chespirito graças às reprises de Chaves na América Latina.
Florinda trabalhou em todos os cinco filmes de Chespirito, assim como na peça de teatro escrita por ele, "Títere" (1984), onde fazia o boneco Pinóquio. Participou também do programa Chespirito a partir de 1980 com personagens nos quadros de Los Caquitos (Chômpiras) onde interpretava a personagem Chimoltrúfia; em Los Chifladitos (Chaparron), onde era a Vizinha, além de "El Doctor Chapatín" (Dr. Chapatin), onde interpretava a Enfermeira. Chimoltrúfia obteve grande destaque devido às diferenças de características com Dona Florinda, e por tornar mais explícito seu talento como atriz. Dado o enorme sucesso dessa personagem, Florinda Meza lançou no mercado a revista semanal da Chimoltrúfia, que alcançou grande êxito editorial.
Começou a estudar para ser escritora e diretora de produções artísticas e mais uma vez obteve sucesso com novelas como "María de Nadie" (1985), "Milagro y Magia" (1991, onde também atuou), "La Dueña" (1995) e "Alguna Vez Tendremos Alas" (1997). Também atuou por mais de oito anos consecutivos no sucesso de teatro "11 y 12" - mais uma vez ao lado do marido. Chimoltrúfia foi a personagem que mais lhe dava prazer de interpretar.
Após 27 anos morando juntos, casou-se com Bolaños em 19 de novembro de 2004.3
Atualmente, Florinda Meza continua a se dedicar a uma enorme variedade de projetos, mas na maior parte do tempo cuidava de seu marido, Robeto Bolaños, devido à idade avançada e à saúde fragilizada do mesmo.
Uma curiosidade sobre a vida de Florinda Meza é que por já ter 6 filhos com sua primeira esposa, Graciela Fernandez, Roberto Bolaños não quis ter mais filhos, e por isso fez uma vasectomia.4 Florinda, então, por amar muito seu marido e por estar ocupada demais trabalhando, abriu mão da maternidade ao se casar com ele, mas por Florinda ter uma mente moderna e atualizada, ela vê que há outras prioridades, como sua carreira e a de seu marido, que sempre os ocupou muito PARA pensar em filhos.