Maria Callas
Dona de uma voz única e ímpar, da sua estreia existem algumas versões. No entanto, leva-se a crer que em 1397 enquanto estudante no Conservatório de Atenas subiu ao palco na peça estudantil “cavaleira Rusticana” de Mascagni.
Estava descoberto ao público a forma única e a voz apaixonante de Callas.
Foi em 1948 que ao interpretar a protagonista da ópera “Norma” de Bellini que Callas arrebatou todos aqueles que ainda tivessem a ousadia de ter duvidas quanto ao poder desta grande diva.
A partir do início dos anos 50, Callas comparecia com uma enorme regularidade nas mais importantes casas de espetáculo de ópera como a La Scara e o Metropolitan.
Com um temperamento explosivo, tinha na cantora Renata Tebaldi uma rivalidade extrema o que valeu a ambas trocas de palavras azedas através de comunicações e declarações nos jornais. Ganhava fama não só pela voz impar mas também por ser conhecida pelo seu feitio agressivo.
No início dos anos 60 a sua voz começa a mostrar sinais de fraqueza, recusando participar em montagens de óperas completas, limitando-se a cantar em recitais e noites de galas. Mesmo com as dificuldades que apresentava ao cantar, em 1964 subiu aos palcos para apresentar a “Tosca” no Convent Garden através do cineasta italiano Franco Zaferelli e em parceria com o seu amigo Tito Gobbi.
Em 1965 decidiu abandonar os palcos após ter desmaiado ao cair da cortina no fim da terceira parte em Paris.
Apesar do desgaste vocal da cantora, aponta-se o abandono dos palcos ao grego Aristóteles Onassis. Estava casada há mais de uma década com o seu empresário Meneghini, mas foi com Onassis que viveu uma tórrida mas infeliz paixão. Dizia a diva que a sua vida somente tinha começado quando o conhecera e que queria dedicar-lhe toda a sua atenção e tempo. Era por esta altura figura constante em festas da alta sociedade onde bebia e fumava desalmadamente.
Terminado o romance, começa a colaborar com a escola Julliard School, onde se dedica ao ensino de canto lírico em 1970. Cantou pela última vez em público no Japão em 1974.
Morre sozinha (por opção) a 16 de Setembro de 1977 pouco antes de completar 54 anos de ataque cardíaco. Deixa um simples último pedido que foi concretizado. As suas cinzas foram largadas no Mar Egeu.
Comentários ( 2 ) recentes
- Sophia
24-04-2014 às 22:19:15A Maria Callas além de linda, sua voz encantou a muitos. Belo texto se referindo a ela, parabéns!
¬ Responder - Daniela Vicente
09-09-2012 às 19:52:24Maria Callas é uma personagem muito singular, mas ao mesmo tempo colectiva. Tal como todos os artistas estupendo na sua área, ela isolou-se. Mas porquê? Tinha tudo para ser uma mulher feliz, enchendo o coração de quem a ouvia com a sua linda voz. Engraçado você referir que ela era grega, pois muitos ignoram esta sua descendência tão importante pelo menos para ela. O seu último pedido diz-nos muito sobre ela, uma mulher nostálgica.
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