Humberto Delgado, o homem que morreu pela liberdade
Aos 20 anos, Humberto Delgado participou no movimento militar de 28 de Maio de 1926 liderado pelo General Gomes da Costa, que derrubou a Primeira República e implantou a ditadura militar, abrindo caminho ao Estado Novo e à ditadura de Salazar. Inicialmente, enquanto exercia as funções de ministro das Finanças, António de Oliveira Salazar conseguiu impor o respeito, pois tinha conseguido a ordem no país que tanto se desejava.
Em 1945, Humberto Delgado fundou a TAP, companhia aérea ainda hoje conhecida por ser a companhia de bandeira do país, Transportes Aéreos Portugueses, já se designou Tap Air Portugal.
Mais tarde, Delgado compreende que o país tem que mudar, e formaliza a sua candidatura à presidência em 1958. A mensagem "obviamente demito-o" para Salazar não foi ignorada.
A 8 de Julho de 1958, ocorreu o acto eleitoral, e, ao contrário do que se espera, Américo Tomás foi reconhecido como o novo presidente da república. Não é que Américo Tomás fosse melhor candidato, mas tinha a vantagem de não estar contra o Dr. Salazar.
Humberto Delgado parte então para o exílio até a morte chegar até ele, pelas ordens de Salazar. O seu corpo foi descoberto numa vala em Villanueva del Fresno, assim como o da sua secretária, Arajaryr Moreira Campos.
Como era de se prever, o crime nunca foi investigado.
Aqui fica a canção do Exílio, para todos os exilados da ditadura militar:
A verdade é mais forte que as algemas
Venho dizer-vos que não há degredo
Quando se traz a alma cheia de poemas
Em qualquer parte estou presente
Tomo o navio da canção
E vou direito ao coração de toda a gente