D. Sancho I, o Povoador
Em 1144, casou com D. Dulce de Aragão, filha de Raimundo Berenguer IV de Barcelona e de Petronilha de Aragão. Foi um casamento fértil em filhos (11 filhos). D. Dulce faleceu em 1198. Teve algumas amantes, como D. Maria Pais Ribeira (Ribeirinha), de quem teve seis filhos, e Maria Aires de Fornelos, dois filhos. Conta a História que D. Maria Pais Ribeira teve um papel primordial na vida do monarca. Estes teriam-se conhecido e apaixonado enquanto o rei andava pelo país, e ela teria sido o alvo das cantigas de D. Sancho I:
«No mundo non me sei parelha,
Mentre me foi como me vai,
Cá já moiro por vós – e ai!
Mia senhor branca e vermelha.
Queredes que vos retraia
Quando vos eu vi em saia!
Mau dia me levantei,
Que vos entrou non si feia!
E, mia senhor, de saque di’ai!
Me foi a mi mui mal,
E vós, filha de don Paay
Moniz, e bem vos semelha
D’haver eu por vós guaravaia,
Pois eu, mia senhor, d’alfaia
Nunca de vós houve nem hei
Valia d’ua correa…»
Em a 9 de Dezembro de 1185, D. Sancho I, o Povoador, chegou ao trono português, com a morte de seu pai a 6 de Dezembro deste ano. Tinha 31 anos. Quatro anos depois conquistou Silves, perdendo a cidade pouco tempo depois. O seu cognome advém das muitas cartas de foral que passou à população para povoar terras conquistadas.
De temperamento difícil, D. Sancho I foi excomungado pelo Papa Inocêncio III, mas em 1210, ao ver aproximar-se a morte, decidiu ficar de bem com os membros da Igreja.