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D. João II

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Biografias
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D. João II

D. João II nasce a 3 de Maio de 1455 na cidade de Lisboa no paço de Alcáçova, é filho do rei D. Afonso V e de D. Isabel. O príncipe casou com a sua prima D. Leonor a 22 de Janeiro de 1471 na cidade de Setúbal. Nesse mesmo ano acompanhou o seu pai nas campanhas em África e foi armado cavaleiro na tomada de Arzila.

Do casamento com D. Leonor nasce o único filho legítimo, o príncipe D. Afonso, nascido a 18 de Maio de 1475. Contudo, e de forma muito trágica para D. João II, o seu herdeiro morre na Ribeira de Santarém a 13 de Julho de 1491, após sofrer uma aparatosa queda de um cavalo. D. João tenta após a morte do seu filho Afonso legitimar o filho D. Jorge que nasceu de um relacionamento extraconjugal com D. Ana de Mendonça. D. Jorge nasceu a 12 de Agosto de 1481. El- rei D. João II realizou várias tentativas para conseguir que este filho bastardo fosse o seu herdeiro, contudo não consegue, em parte devido à forte oposição da rainha D. Leonor, da nobreza, dos Reis Católicos e do Papa. D. Jorge é “apenas” nomeado no ano de 1492 como governador das ordens militares de Avis e de Santiago. No ano de 1474, D. Jorge ficou responsabilizado pelos assuntos referentes à Guiné.

D. João II foi proclamado rei a 31 de Agosto do ano de 1481 em Sintra, após a morte de seu pai a dia 28 do mesmo mês, contudo antes de ter iniciado o seu reinado de forma oficial este rei teve uma experiência de governo, experiência essa, que se deu numa época privilegiada a nível europeu.

Durante o seu reinado, D. João fez uma reestruturação dos seus funcionários de maneira a conseguir aumentar a sua capacidade de intervenção e assim melhorar a administração do estado. Deste modo inseriu algumas reformas nomeadamente, “a fixação da nova posição das armas do reino, ficando a colocação dos escudetes laterais direitos com as pontas viradas para baixo, e saindo a cruz da Ordem de Avis, que nelas estava desde o reinado de D. João I e a reforma monetária, na qual se destacou a cunhagem do justo (moeda em ouro para circulação no exterior). Nas reformas que implementou, o rei tornou os poderes da nobreza mais limitados e impos o dever de menagem. Durante o seu reinado as cortes reuniram-se três vezes de onde saíram as reformas mencionadas acima.

Os fidalgos criaram ao rei as principais resistências com que se deparou durante o seu reinado, que foram resultado das suas decisões. A nível internacional, D. João II conseguiu “consolidar e afirmar a soberania portuguesa face a Espanha, que então surgia com uma expansividade ameaçadora, resultante da aglutinação dos restantes reinos peninsulares sob égide dos Reis Católicos. Em relação a outras áreas da Europa manteve boas relações, com seu primo Maximiliano (filho de D. Leonor e de Frederico III), inicialmente rei dos romanos e depois imperador da Alemanha, e com o Papa Inocêncio VIII.
As relações com França e a Inglaterra foram reguladas por várias embaixadas e tratados. D. João II, foi um monarca que levou a cabo a consolidação do poder real, fazendo com que nasçam as bases para uma modernidade politica. Com o rei D. João houve a afirmação do poder régio. O rei deixa claro desde cedo, a sua decisão de realizar algumas mudanças na nobreza e à política do país. Deste modo pretendia deitar a baixo o poder senhorial, o que provocou alguns actos de rebeldia por parte da nobreza, que em casos extremos levaram á morte dos seus principais intervenientes, como aconteceu com D. Fernando, D. Diogo, irmão da Rainha.
El- rei, D. João levou a cabo durante o seu reinado diversas expedições a África onde estabeleceu contactos e relações benéficas ao país e conseguiu abrir caminho para a Índia. Nessas mesmas expedições a segurança foi uma das suas principais preocupações pelo que o rei D. João II apoiou e ajudou a desenvolver a náutica astronómica, bem como também equipou os seus navios com artilharia de forma aos mesmos se conseguirem defender, e de forma a protegerem também, as suas rotas, as suas mercadorias e os seus homens.

Com o mesmo objectivo também mandou construir um castelo em São Jorge da Mina e povoar as ilhas de São Tomé e Príncipe (portos que de alguma forma assumiam um papel fundamental nas rotas), assim, floresceu o comércio marítimo. Apesar de todas estas conquistas que D. João II conseguiu alcançar durante o seu período de reinado, a Índia era o seu maior objectivo, de forma a conseguir tornar-se um dos maiores comerciantes em contacto com o oriente. D. João também traçou um caminho, que levaria à continuação da navegação no Atlântico, sem concorrência, graças à força e ousadia que mostrou ao impor determinadas condições na partilha do novo mundo, que foi levada a cabo pelos países ibéricos aquando da assinatura do Tratado de Tordesilhas.

Anteriormente o rei já tinha assinado o tratado de Alcáçovas, que assegurava o senhorio das terras a sul das Canárias.

D. João II teve um papel fundamental na expansão portuguesa, foi com ele que se definiu o projecto de alcançar a India através do mar. Durante o seu reinado o domínio português foi consolidado na Mina, Cabo Verde e São Tome e Príncipe são colonizados. O comércio aurífero foi uma das principais fontes de financiamento das viagens levadas a cabo durante a expansão Joanina. O Príncipe Perfeito foi um soberano que geriu e dominou um projecto planetário até então nunca visto e este foi também considerado um dos reis mais poderosos da Europa.

Enfraquecido pela doença decidiu fazer o seu testamento, onde deixa escrito que é de sua vontade que o seu sucessor seja o Duque de Beja, D. Manuel. D. João vem a falecer no Alvor, a 25 de Outubro de 1495.


Sónia Henriques

Título: D. João II

Autor: Sónia Henriques (todos os textos)

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

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