D. Carlos I e o princípio da queda da monarquia
D. Carlos ascendeu ao trono a 19 de Outubro de 1889, após a morte do seu pai, Luís I, o Popular (1861-1889), irmão de D. Pedro V.
O novo monarca confrontou-se com sérias dificuldades durante o seu reinado, nomeadamente, o crescimento do movimento republicano. As pretensões portuguesas numa ligação de territórios em África (Mapa Cor-de-Rosa), foram ao encontro das pretensões de Inglaterra, ligar o Cairo, no Egipto, ao Cabo, na África do Sul. No dia 11 de Janeiro de 1890, Portugal acordou sobressaltado com o Ultimato britânico, que exigia a retirada imediata dos portugueses na zona ou, caso contrário, a terra Lusitana perdia o seu aliado de vários séculos. Como era de se prever de um monarca tão inexperiente, este recusou a guerra e cedeu às exigências da Inglaterra. Incentivados pelas novas ideias que abalavam a Europa, o povo revoltou-se contra a decisão de D. Carlos I. Devido a uma forte propaganda republicana, um ano depois do Ultimato, ocorreu no Porto uma tentativa de derrube do governo. Foi o começo do fim.
No dia 1 de Fevereiro de 1908, D. Carlos e o seu filho, D. Luís Filipe, foram assinados no Terreiro do paço, em Lisboa. D. Manuel, futuro D. Manuel II, o Patriota, herdou, desta maneira trágica, o trono português.