António de Oliveira Salazar
Se perguntar a cada Português quem foi Salazar, a primeira coisa que vão responder é que foi um ditador Português. Ponto. É aquilo porque é identificado. Mas não será este homem, considerado o maior Português de todos os tempos (eleito pelos Portugueses em 2007) muito mais do que isso. Falemos então de um homem que fez história e de quem muito se tem falado ultimamente perante a crise nas finanças de Portugal.
António de Oliveira Salazar nasceu no Vimeiro, em Santa Comba Dão aos 28 dias do mês de abril de 1989. Filho de pequenos proprietários agrícolas, Salazar recebeu uma educação fortemente marcada pelo Catolicismo, tendo chegado a frequentar um Seminário.
Em 1914 conclui com excelente notas o curso de Direito e em 1918 torna-se Doutor e é Professor de Ciências Económicas.
Pelo seu papel tão extraordinário enquanto Professor catedrático na Universidade de Coimbra, é convidado a segurar a pasta das Finanças de Portugal em 1926, mas abandonou o cargo por julgarem as suas medidas demasiado austeras. “Informou” na altura que o chamassem quando acreditassem que as suas medidas seriam as que funcionariam para um pais que se deparava com uma crise em início da República. Voltou ao governo com a mesma pasta em 1928, cargo que manteve a pulso e determinação até 1932 e onde reformulou todas as finanças publicas.
Em 1932 nasce o novo Presidente do Conselho de Ministros e publica a nova Constituição que era aprovada em 1933, criando assim o Estado Novo, onde defende “Deus, a Pátria e a Autoridade”. Era ele quem defendia os interesses e os destinos de Portugal.
Em 1936 apoia Franco na Guerra Civil Espanhola com o envio do armamento para as forças militares espanholas, mas as relações pessoais entre ambos nunca foram boas.
Assume por esta altura a pasta de Ministro dos Negócios Estrangeiros e com a chegada da Segunda Guerra Mundial, Salazar mantem-se neutro no sentido de proteger a pátria, mais uma vez. Com a pressão dos Aliados, cede a base das Lages nos Açores, mas negociei armamento, com receios de invasões nazis. Marca a história durante esta guerra, que Aristides de Sousa Mendes sofreu junto da família um despedimento e uma humilhação social por ter ajudado Judeus a entrar em Portugal.
Estratega, Salazar defendia Portugal e geria de forma a encher cofres do Estado, mesmo que para isso se vivesse mal no continente Português. Apesar das reformas financeiras e da Paz que se vivia quando o Mundo estava em Guerra, muitos afirmam que a escassez de alimentos num país como Portugal, colocavam em acusa qualquer proteção que Salazar podia assegurar.
Em Portugal, a liberdade não era permitida e a PIDV (posteriormente PIDE) foi a maior arma criada em Portugal. A PIDE calava os opositores, perseguindo-os e torturando quem se opusesse à ditadura de Salazar.
Em 1968, cai de uma cadeira no Forte de Santo António (sofre um hematoma intracraniano) e começa a decadência de Salazar. Por motivos de saúde é afastado do Governo, mas até á sua morte (27 de Julho de 1970) julgou sempre que continuava a ser o Chefe do Estado de Portugal.
Nunca casou e não se conhece que tenha algum filho. Diz que casou com a Pátria e pela pátria abdicou de uma vida familiar.
Independentemente das opiniões, foi em 2007 considerado o maior Português de todos os tempos.