Óleo de argão – “O ouro líquido de Marrocos” (Parte II)

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.

Categoria: Beleza

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Óleo de argão – “O ouro líquido de Marrocos” (Parte II)

Nos mercados marroquinos locais onde o óleo de argão está disponível, as “vítimas” preferidas dos comerciantes são os turistas que visitam o país, e que sabendo da fama deste óleo se dirigem a esses locais para comprarem o “elixir milagroso”. Nas diversas lojas o óleo é apresentado em frascos de diversos tamanhos e a diversos preços. O problema é que não existe qualquer controlo, e as pessoas compram com base na palavra do vendedor, que “faz o seu papel” e lhes vende a “banha da cobra”. Alguns desses produtos à base de óleo de argão (que são vendidos a muitos turistas e geram receitas de milhares de euros) foram sujeitos a análises em laboratório. A conclusão foi que a concentração de óleo de argão na maioria desses produtos é uma concentração residual, ou seja a concentração de óleo é tão baixa que o uso desses produtos não tem qualquer efeito reparador e rejuvenescedor na pele.

Trata-se de um verdadeiro “negócio da China” e estima-se que anualmente milhares de turistas sejam enganados neste negócio do óleo de argão.

Mas não é só nos mercados marroquinos que isso acontece. Se bem que nesses locais de venda os clientes são enganados pela palavra dos comerciantes, no chamado mercado global as pessoas são enganadas pela publicidade de algumas empresas e marcas que vendem produtos contendo óleo de argão. São as estratégias de marketing e muitas vezes os rótulos das embalagens que induzem as pessoas em erro.

Nos rótulos de produtos que contêm este ingrediente é muito comum ver-se a expressão “óleo de argão “ em lettring destacado, ou seja, numa fonte de escrita e tamanho desproporcionadamente grande. Ora isto não teria nenhum mal se pelo menos o produto tivesse uma concentração significativa desse ingrediente. O problema é que num grande número desses produtos o teor de óleo de argão é residual, estando presente em concentrações inferiores a 2%. Estudos indicam que produtos com teor residual (como é o caso de produtos com concentrações inferiores a 2%) não têm nem de perto nem de longe os efeitos nem produzem os resultados e benefícios que apregoam. Fazendo uma analogia, é mesma coisa que deitar uma gota de veneno (o mais mortal que se conhece) num lago e dizer-se às pessoas que se beberem daquela água irão morrer. Não faz qualquer sentido!

Para não se deixar enganar leia com atenção os rótulos e outra informação adicional sobre o produto que vai comprar e verifique se realmente o produto é aquilo que diz ser. E isto é válido não só para este caso mas para qualquer produto em geral…

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Pulp Fiction: 20 anos depois

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Tema: Arte

$\"Rua$

Faz hoje 20 anos que estreou um dos mais importantes ícones cinematográficos americanos.

Pulp Fiction é um marco do cinema, que atirou para a ribalta Quentin Tarantino e as suas ideias controversas (ainda poucos tinham visto o brilhante “Cães Danados”).

Repleto de referências ao cinema dos anos 70 e com uma escolha de casting excepcional, Pulp Fiction conquistou o público com um discurso incisivo (os monólogos bíblicos de Samuel L. Jackson são um exemplo disso), uma violência propositadamente mordaz e uma não linearidade na sucessão dos acontecimentos, tudo isto, associado a um ritmo alucinante.

As três narrativas principais entrelaçadas de dois assassinos, um pugilista e um casal, valeram-lhe a nomeação para sete Óscares da Academia, acabando por vencer na categoria de Melhor Argumento Original, ganhando também o Globo de Ouro para Melhor Argumento e a Palma D'Ouro do Festival de Cannes para Melhor Filme.

O elenco era composto por nomes como John Travolta, Samuel L. Jackson, Bruce Willis, Uma Thurman e (porque há um português em cada canto do mundo) Maria de Medeiros.

Para muitos a sua banda sonora continua a constar na lista das melhores de sempre, e na memória cinéfila, ficam eternamente, os passos de dança de Uma Thurman e Travolta.

As personagens pareciam ser feitas à medida de cada actor.
Para John Travolta, até então conhecido pelos musicais “Grease” e “Febre de Sábado à Noite”, dar vida a Vincent Vega foi como um renascer na sua carreira.

Uma Thurman começou por recusar o papel de Mia Wallace, mas Tarantino soube ser persuasivo e leu-lhe o guião ao telefone até ela o aceitar.

Começava ali uma parceria profissional (como é habitual de Tarantino) que voltaria ao topo do sucesso com “Kill Bill”, quase 10 anos depois.

Com um humor negro afiadíssimo, Tarantino provou em 1994 que veio para revolucionar o cinema independente americano e nasceu aí uma inspirada carreira de sucesso, que ainda hoje é politicamente incorrecta, contradizendo-se da restante indústria.

Pulp Fiction é uma obra genial. Uma obra crua e simultaneamente refrescante, que sobreviveu ao tempo e se tornou um clássico.
Pulp Fiction foi uma lição de cinema!

Curiosidade Cinéfila:
pulp fiction ou revista pulp são nomes dados a revistas feitas com papel de baixa qualidade a partir do início de 1900. Essas revistas geralmente eram dedicadas às histórias de fantasia e ficção científica e o termo “pulp fiction” foi usado para descrever histórias de qualidade menor ou absurdas.

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