Bem vindo à Rua Direita!
Eu sou a Sophia, a assistente virtual da Rua Direita.
Em que posso ser-lhe útil?

Email

Questão

a carregar
Textos | Produtos                                                    
|
Top 30 | Categorias

Email

Password


Esqueceu a sua password?
Início > Textos > Categoria > Beleza > Encontre a beleza para lá dos (pequenos) defeitos!

Encontre a beleza para lá dos (pequenos) defeitos!

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Beleza
Visitas: 6
Comentários: 7
Encontre a beleza para lá dos (pequenos) defeitos!

O conceito de beleza é relativo, mutante e subjetivo. O que numa determinada altura da vida se considera o máximo, com o passar do tempo pode converter-se em objeto de autêntico asco.
Paralelamente, aquilo que para uns constitui um must de excelência, aos olhos de outros não passa de uma prova confirmada de genuíno mau gosto, se não mesmo de um sintoma inequívoco de parolice inveterada.

Com o móbil de alcançar um estado de maior e mais perfeita beleza, muitos são os que recorrem a produtos, a artifícios e até a cirurgias estéticas. Há situações em que os resultados se revelam satisfatórios, mas em bastantes casos ocorrem erros ou, no mínimo, desníveis relativamente às expectativas criadas e aos desejos manifestados. Alguns destes expedientes, além de grandemente dispendiosos, oferecem pouca segurança e as irregularidades verificadas na aplicação dos procedimentos acarretam, não raras vezes, consequências graves e/ou irreversíveis. Assim, é indispensável ponderar muitíssimo bem os prós e contras de qualquer escolha mais radical no campo do que se concebe como belo, porque interferir com a harmonia do próprio organismo nem sempre constitui uma ação pacífica.

Independentemente do que motive alguém a querer mudar algo no seu aspeto exterior, a génese da opção prende-se com uma necessidade de ver melhorado o seu autorretrato, aumentada a sua autoestima. Neste sentido, a aparência pode, efetivamente, dar uma ajuda, mas é a beleza interior que mais conta. Claro que esta beldade interna não se refere à formosura do fígado, baço, pulmões, rins, intestinos e demais órgãos vitais! Na verdade, prende-se com um estar bem consigo mesmo que transparece, tanto no rosto como na postura corporal e na atitude global.

A auto-aceitação é o segredo de uma coexistência serena e feliz com o seu corpo. Se tudo dependesse do físico, os portadores de deficiência, congénita ou adquirida, estariam, à partida, condenados ao infortúnio para sempre, e o que se verifica numa percentagem mensurável desta classe de pessoas é uma coragem imbatível, uma força descomunal, uma luz fulgurante que resplandece alegria e vontade de viver.
Provavelmente, habituaram-se a dar valor às pequenas coisas da vida. De facto, a beleza não pode ser condicional nem balizada por padrões que tocam, frequentemente, as raias do impossível ou a negação das características intrínsecas.

É legítimo ambicionar-se um pouco mais de beleza, mas há que ter atenção para não se cair numa obsessão que oprime, escraviza e pode comprometer a saúde e a liberdade pessoal, familiar e social.


Maria Bijóias

Título: Encontre a beleza para lá dos (pequenos) defeitos!

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

Visitas: 6

674 

Deixe o seu comentárioDeixe o seu comentário

Comentários     ( 7 )    recentes

  • Briana AlvesBriana

    23-06-2014 às 07:59:18

    É possível utilizar-se dos pequenos defeitos para deixar a beleza mais atraente. Que ótimo texto sobre tal assunto. Amei!

    ¬ Responder
  • Wallace RandalWallace Randal

    09-10-2012 às 18:07:40

    Olá Maria Bijóias, tudo bem? Interessante seu ponto de vista, e você escreve muito bem! O Rua Direita só tem a ganhar com escritores desse nível. Sua reflexão a respeito de beleza e de seu conceito subjetivo foi muito bem trabalhada. De fato, é um tema que provoca discussão, uma vez que cada um pode ter sua visão sobre o assunto. A beleza muda de pessoa para pessoa, e até mesmo o conceito pode mudar.

    ¬ Responder
  • Wallace RandalWallace Randal

    09-10-2012 às 18:07:17

    Olá Maria Bijóias, tudo bem? Interessante seu ponto de vista, e você escreve muito bem! O Rua Direita só tem a ganhar com escritores desse nível. Sua reflexão a respeito de beleza e de seu conceito subjetivo foi muito bem trabalhada. De fato, é um tema que provoca discussão, uma vez que cada um pode ter sua visão sobre o assunto. A beleza muda de pessoa para pessoa, e até mesmo o conceito pode mudar.

    ¬ Responder
  • Wallace RandalWallace Randal

    09-10-2012 às 18:06:55

    Olá Maria Bijóias, tudo bem? Interessante seu ponto de vista, e você escreve muito bem! O Rua Direita só tem a ganhar com escritores desse nível. Sua reflexão a respeito de beleza e de seu conceito subjetivo foi muito bem trabalhada. De fato, é um tema que provoca discussão, uma vez que cada um pode ter sua visão sobre o assunto. A beleza muda de pessoa para pessoa, e até mesmo o conceito pode mudar,

    ¬ Responder
  • Carla HortaCarla Horta

    08-10-2012 às 22:11:22

    Adorei a frase "A auto-aceitação é o segredo de uma coexistência serena e feliz com o seu corpo". Concordo absolutamente. Dar excessivo valor a pequenas coisas no nosso corpo que julgamos horríveis é deixarmos de gostar de nós e essa é a pior das sensações para quem busca ser bonito. Cirurgias correctivas são aceitáveis, naturalmente, mas é necessário ter atenção aos excessos.

    ¬ Responder
  • André BelacorçaAndré Belacorça

    08-10-2012 às 19:36:10

    a beleza já nasce conosco, cada um tem que saber geri-la e desfrutar dela de maneira a não "estragá-la". Muita gente tenta ter mais do que ó que tem, e por vezes acaba por estragar aquela beleza que procuramos arduamente, apenas sejamos nós próprios, isso sim é ter beleza, interior.

    ¬ Responder
  • Sofia NunesSofia Nunes

    14-09-2012 às 14:58:31

    Com excepção dos casos de pessoas com muito baixa auto-estima resultado da sua aparência que consideram insatisfatória, noto que a maioria das pessoas não tem de se esforçar para encontrar a sua beleza para além dos pequenos defeitos físicos. Na verdade, a maioria das pessoas acha-se mais atraente em comparação com a opinião que os outros têm da sua beleza. Isto porque como vemos a nossa imagem diariamente, habituamo-nos aos traços menos atraentes e olvidamo-los.

    ¬ Responder

Comentários - Encontre a beleza para lá dos (pequenos) defeitos!

voltar ao texto
  • Avatar *     (clique para seleccionar)


  • Nome *

  • Email

    opcional - receberá notificações

  • Mensagem *

  • Os campos com * são obrigatórios


  • Notifique-me de comentários neste texto por email.

  • Notifique-me de respostas ao meu comentário por email.

Pulp Fiction: 20 anos depois

Ler próximo texto...

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Arte
Pulp Fiction: 20 anos depois\"Rua
Faz hoje 20 anos que estreou um dos mais importantes ícones cinematográficos americanos.

Pulp Fiction é um marco do cinema, que atirou para a ribalta Quentin Tarantino e as suas ideias controversas (ainda poucos tinham visto o brilhante “Cães Danados”).

Repleto de referências ao cinema dos anos 70 e com uma escolha de casting excepcional, Pulp Fiction conquistou o público com um discurso incisivo (os monólogos bíblicos de Samuel L. Jackson são um exemplo disso), uma violência propositadamente mordaz e uma não linearidade na sucessão dos acontecimentos, tudo isto, associado a um ritmo alucinante.

As três narrativas principais entrelaçadas de dois assassinos, um pugilista e um casal, valeram-lhe a nomeação para sete Óscares da Academia, acabando por vencer na categoria de Melhor Argumento Original, ganhando também o Globo de Ouro para Melhor Argumento e a Palma D'Ouro do Festival de Cannes para Melhor Filme.

O elenco era composto por nomes como John Travolta, Samuel L. Jackson, Bruce Willis, Uma Thurman e (porque há um português em cada canto do mundo) Maria de Medeiros.

Para muitos a sua banda sonora continua a constar na lista das melhores de sempre, e na memória cinéfila, ficam eternamente, os passos de dança de Uma Thurman e Travolta.

As personagens pareciam ser feitas à medida de cada actor.
Para John Travolta, até então conhecido pelos musicais “Grease” e “Febre de Sábado à Noite”, dar vida a Vincent Vega foi como um renascer na sua carreira.

Uma Thurman começou por recusar o papel de Mia Wallace, mas Tarantino soube ser persuasivo e leu-lhe o guião ao telefone até ela o aceitar.

Começava ali uma parceria profissional (como é habitual de Tarantino) que voltaria ao topo do sucesso com “Kill Bill”, quase 10 anos depois.

Com um humor negro afiadíssimo, Tarantino provou em 1994 que veio para revolucionar o cinema independente americano e nasceu aí uma inspirada carreira de sucesso, que ainda hoje é politicamente incorrecta, contradizendo-se da restante indústria.

Pulp Fiction é uma obra genial. Uma obra crua e simultaneamente refrescante, que sobreviveu ao tempo e se tornou um clássico.
Pulp Fiction foi uma lição de cinema!

Curiosidade Cinéfila:
pulp fiction ou revista pulp são nomes dados a revistas feitas com papel de baixa qualidade a partir do início de 1900. Essas revistas geralmente eram dedicadas às histórias de fantasia e ficção científica e o termo “pulp fiction” foi usado para descrever histórias de qualidade menor ou absurdas.

Pesquisar mais textos:

Carla Correia

Título:Pulp Fiction: 20 anos depois

Autor:Carla Correia(todos os textos)

Alerta

Tipo alerta:

Mensagem

Conte-nos porque marcou o texto. Essa informação não será publicada.

Pesquisar mais textos:

Deixe o seu comentário

  • Nome *

  • email

    opcional - receberá notificações

  • mensagem *

  • Os campos com * são obrigatórios