Xisto de Portugal
Ao passear por qualquer rua histórica de Portugal, encontramos os mais variados tipos de design e de construção.
No entanto, e no que toca a natureza em harmonia com construção, salta-nos à lembrança casas pobres, frias, mas no entanto tão calorosas. Se nos deslocarmos para o interior norte confundimos paisagens verdejantes com o negrume do xisto das casas, algumas abandonadas, outras já recuperadas.
Casas pequenas de dois pisos quase de forma obrigatória, pois o frio emana no inverno, e os antepassados recolhiam os animais no piso de baixo (loja) para que o piso de cima aquecesse.
Construídas em ruas estreitas, pequenas, onde o piso é escorregadio e onde muitas vezes só cabe uma pessoa em cada esquina, estas casas pareciam querer aconchegar-se umas às outras nos invernos mais frios.
As casas de xisto tornaram-se, desde há uns anos, um investimento para quem quer uma casa de férias ou fim de semana. Assim, e como em algumas situações a tradição vinga, a reconstrução destas casas é um desafio a quem muitos se propõem.
Tratam-se de artesãos aqueles que com perícia e entusiasmo se dedica à reconstrução de tão peculiares habitações. Com barro, pedra, penedos (pedras do rio) e muita, muita arte, estas casas fazem já as delícias de muitos estrangeiros.
De janelinhas encolhidas e portas pequeninas, restaura-se o que o tempo abandonou, e preenchem-se interiores com o mais confortável que a modernidade nos pode trazer, com apetrechos e adornos comprados na aldeia vizinha.
Para os apreciadores da arte do xisto em Portugal, também poderá usufruir de um fabuloso fim de semana nas muitas casas que se alugam, ou mesmo de pequeno hotéis que lhe propõem o regresso ás raízes de Portugal, acompanhado pela gastronomia regional.
Aventure-se.
Desfrute de uma bom recolhimento