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Uma arte quase esquecida

Categoria: Arte
Uma arte quase esquecida

O tempo na sua girândola imparável, leva e trás modas e hábitos. Qualquer de nós se lembra de ouvir que o avô ou bisavô quando se vestia a preceito usando o inevitável chapéu de feltro, os chinelos com restos de tecidos , os crochés ….

Pois è! O tempo passou e essa obra-prima que saia das mãos sábias do artesão para dar aconchego passou de moda e a arte quase caiu no esquecimento.

Mas os tempos modernos revestem-se de grande revivalismo e não poucas vezes são “desenterradas” dos baús técnicas e peças que depois de pequenas transformações provocadas pela evolução do tempo ganham estatuto de “fashion” para encherem passerelles e montras.

O artesanato é hoje prático, versátil, diversificado e muito criativo. Entre o útil e o decorativo conjugam-se na perfeição nas mais diversas peças.

Das peças decorativas para casa, ás utilidades, ao vestuário ou acessórios de moda, tudo pode ser personalizado a gosto ou á época que atravessamos.

Motivos não faltam, esses ficam por conta da sua imaginação… Destacando-se sempre a originalidade e a simplicidade com que muitas vezes são elaborados.

São inúmeras as técnicas á disposição, assim como os produtos e manuais. Actualmente existindo também os chamados “work-shop” onde se podem aprender um sem fim de ideias novas e como as por em pratica.

Nos últimos tempos tem-se associado também ao artesanato uma ideia de reciclagem e a verdade é que este fenómeno muito em voga nos últimos tempos, dá azo a imaginação de cada um e transformando pelo toque pessoal cada objecto liso e sem graça em pequenas obras de arte.


Rua Direita

Título: Uma arte quase esquecida

Autor: Rua Direita (todos os textos)

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Imagem por: wickenden

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Fine and Mellow

Tema: Música
Fine and Mellow\"Rua
"O amor é como uma torneira
Que você abre e fecha
Às vezes quando você pensa que ela está aberta, querido
Ela se fechou e se foi"
(Fine and Melow by Billie Holiday)

Ao assistir a Bio de Billie Holiday, ocorreu-me a questão Bluesingers x feminismo, pois quem ouve Blues, especialmente as mais antigas, as damas dos anos 10, 20, 30, 40, 50, há de pensar que eram mulheres submissas ao machismo e maldade de seus homens. Mas, as cantoras de Blues, eram mulheres extremamente independentes; embora cantassem seus problemas, elas não eram submissas a ponto de serem ultrajadas, espancadas... Eram submissas, sim, ao amor, ao bom trato... Essas mulheres, durante muito tempo, tiveram de se virar sozinhas e sempre que era necessário, ficavam sós ou mudavam de parceiros ou assumiam sua bissexualidade ou homossexualidade efetiva. Estas senhoras, muitas trabalharam como prostitutas, eram viciadas em drogas ou viviam boa parte entregues ao álcool, merecem todo nosso respeito. Além de serem precursoras do feminismo, pois romperam barreiras em tempos bem difíceis, amargavam sua solidão motivadas pelo preconceito em relação a cor de sua pele, como aconteceu a Lady Day quê, quando tocava com Artie Shaw, teve que esperar muitas vezes dentro do ônibus, enquanto uma cantora branca cantava os arranjos que haviam sido feitos especialmente para ela, Bilie Holiday. Foram humilhadas, mas, nunca servis; lutaram com garra e competência, eram mulheres de fibra e cheias de muito amor. Ouvir Billie cantar Strange Fruit, uma das primeiras canções de protestos, sem medo, apenas com dor na alma, é demais para quem tem sentimentos. O brilho nos olhos de Billie, fosse quando cantava sobre dor de amor ou sobre dor da dor, é insubstituível. Viva elas, nossas Divas do Blues, viva Billie Holiday, aquela que quando canta parte o coração da gente; linda, magnifica, incomparável, Lady Day.

O amor vai fazer você beber e cair
Vai fazer você ficar a noite toda se repetindo

O amor vai fazer você fazer coisas
Que você sabe que são erradas

Mas, se você me tratar bem, querido
Eu estarei em casa todos os dias

Mas, se você continuar a ser tão mau pra mim, querido
Eu sei que você vai acabar comigo

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Sayonara Melo

Título:Fine and Mellow

Autor:Sayonara Melo(todos os textos)

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