Romantismo em Portugal
Na arquitectura do Romantismo destaca-se a figura D. Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha (de origem austríaca), o segundo marido da rainha portuguesa D. Maria II, cognominada a Educadora (1826-1853).
D. Maria da Glória Joana Carlota Leopoldina da Cruz Francisca Xavier de Paula Isidora Micaela Rafaela Gonzaga nasceu a 4 de Abril de 1819, no Rio de Janeiro, filha do rei D. Pedro IV e de D. Leopoldina de Áustria. Aos sete anos, o seu pai abdica do trono em seu favor com a condição de esta casar com o seu tio D. Miguel, o que não chegou a acontecer.
Subiu ao trono a 2 de Maio de 1826, mas só começou a governar em 1834, com quinze anos. Em 1815, casou pela primeira vez com o príncipe Augusto Luchtenberg, que morreu dois meses depois. Só voltaria a casar em 1836 com D. Fernando. Deste matrimónio surgiram onze filhos (Pedro, Luís, João, Maria Ana, Maria Antónia, Fernando, Augusto, Maria, Leopoldo, Maria e Eugénio). D. Maria morreu, em Lisboa, em 15 de Novembro de 1853. O seu marido, D. Fernando faleceu muito tempo depois, a 15 de Dezembro de 1885, em Portugal. Ficou conhecido por «Rei-Artista».
Na arquitectura destaca-se o Palácio da Pena, o Palácio de Monserrate e a Quinta da Regaleira em Sintra, Praça de Touros do Campo Pequeno e a Estação do Rossio, em Lisboa.
Na escultura, como já tina acontecido na Europa, teve pouco destaque em Portugal. Destacam-se os nomes de Simões de Almeida, António Soares dos Reis e António Teixeira Lopes.
O Romantismo mostrou-se uma cultura de burguês, ao contrário do Classicismo, que era uma cultura de elites. Tudo começou com a Revolução Industrial, que passou o poder monetário para os burgueses. O equilíbrio deu lugar à desordem.