O estudo dos apóstolos na obra última Ceia, de Leonardo da Vinci
segue-se Tomé, que tem o dedo indicador apontado para Jesus Cristo implorando a verdade daquelas palavras; Tiago Maior tem os braços abertos mostrando ao espectador o seu espanto; Filipe coloca as mãos sobre o peito, dando a entender que não tem nada a ver com a traição anunciada, Mateus, Simão e Zelote estão a dialogar à parte do restante plano. Mateus aponta com as duas mãos para Jesus Cristo, mas mantêm a postura virada para Simão e Zelote, Simão está virado para Zelote como se estivesse a perguntar algo e Zelote tem as mãos à frente do seu corpo a gesticular. Não é evidente na obra, mas após Jesus anunciar um traidor, Judas Iscariotes, desmascarado, sai.
A fisionomia para expressar emoções interessou tanto a Leonardo da Vinci, que este começou uma intensa investigação anatómica. Já em 1489 tinha estudado a estrutura do crânio. Pegou num crânio, fez linhas tendo como pontos de referência cavidades ósseas e algumas saliências, situou o chamado «sentido comum», e coincidiu com a alma. Também o sangue era importante para Leonardo, pois era a conotação com o corpo.