Bem vindo à Rua Direita!
Eu sou a Sophia, a assistente virtual da Rua Direita.
Em que posso ser-lhe útil?

Email

Questão

a carregar
Textos | Produtos                                                    
|
Top 30 | Categorias

Email

Password


Esqueceu a sua password?
Início > Textos > Categoria > Arte > O Carro de Feno, Hieronymus Bosch

O Carro de Feno, Hieronymus Bosch

Categoria: Arte
Visitas: 76
O Carro de Feno, Hieronymus Bosch

A obra O Carro de Feno do Convento do Escorial é um tríptico que fechado mostra o «Vagabundo», possivelmente, um auto-retrato de Bosch idêntico ao de Arras. Aberto, este tríptico apresenta um painel central e dois volantes: um direito e um esquerdo.

No volante esquerdo, Bosch representou a queda de anjos de um céu dourado, onde está Cristo entronizado. Quando caiem, estes transformam-se em insectos. Em baixo, vemos a Criação de Eva, o Pecado Original e a Expulsão do Paraíso, ou seja, o princípio da decadência humana.

No primeiro plano do painel central, deparamo-nos com cenas do quotidiano: um homem e uma criança a observar a cena que rodeia o carro de feno, uma jovem que dá a mão a ler à cigana, uma mulher lava o filho numa bacia, um curandeiro trata uma cliente (atente o porta-moedas do seu cinto cheio de feno), uma freira que tenta contactar com um homem que passa, as freiras que enchem um grande saco de feno e um monge gordo e bêbado. No centro da composição, um carro de feno é conduzido por um Imperador e um Papa, provavelmente, Alexandre VI. O facto de príncipes e prelados não participarem na luta, leva-nos a crer que já possuem o feno – a Soberba. A multidão de classe inferior tenta retirar bocados de feno e luta para atingir esse objectivo – a Avareza. Esta cena é observada por um Cristo conformado. Em cima do carro de feno está um par amoroso tocando música, símbolo da Luxúria, um anjo a rezar à esquerda, um demónio a desviar a atenção do anjo à direita e um casal a beijar-se nas matas. À frente do carro de feno, demónios conduzem este para o Inferno.

No volante direito, está representado o Inferno. Em primeiro plano, um diabo caçador tem um homem esfolado preso de cabeça para baixo e os seus cães correm para apanhar os dois fugitivos. Um outro homem está deitado no chão, tendo um rato a roer os órgãos genitais. Na ponte que leva a torre, os diabos torturam um homem que monta uma vaca. Mais acima na composição, um ser diabólico sobe uma escada da torre em construção para levar a argamassa aos diabólicos pedreiros. Ao fundo, chamas possuem um edifício em ruínas.

Daniela Vicente

Título: O Carro de Feno, Hieronymus Bosch

Autor: Daniela Vicente (todos os textos)

Visitas: 76

810 

Comentários - O Carro de Feno, Hieronymus Bosch

voltar ao texto
  • Avatar *     (clique para seleccionar)


  • Nome *

  • Email

    opcional - receberá notificações

  • Mensagem *

  • Os campos com * são obrigatórios


  • Notifique-me de comentários neste texto por email.

  • Notifique-me de respostas ao meu comentário por email.

Fine and Mellow

Ler próximo texto...

Tema: Música
Fine and Mellow\"Rua
"O amor é como uma torneira
Que você abre e fecha
Às vezes quando você pensa que ela está aberta, querido
Ela se fechou e se foi"
(Fine and Melow by Billie Holiday)

Ao assistir a Bio de Billie Holiday, ocorreu-me a questão Bluesingers x feminismo, pois quem ouve Blues, especialmente as mais antigas, as damas dos anos 10, 20, 30, 40, 50, há de pensar que eram mulheres submissas ao machismo e maldade de seus homens. Mas, as cantoras de Blues, eram mulheres extremamente independentes; embora cantassem seus problemas, elas não eram submissas a ponto de serem ultrajadas, espancadas... Eram submissas, sim, ao amor, ao bom trato... Essas mulheres, durante muito tempo, tiveram de se virar sozinhas e sempre que era necessário, ficavam sós ou mudavam de parceiros ou assumiam sua bissexualidade ou homossexualidade efetiva. Estas senhoras, muitas trabalharam como prostitutas, eram viciadas em drogas ou viviam boa parte entregues ao álcool, merecem todo nosso respeito. Além de serem precursoras do feminismo, pois romperam barreiras em tempos bem difíceis, amargavam sua solidão motivadas pelo preconceito em relação a cor de sua pele, como aconteceu a Lady Day quê, quando tocava com Artie Shaw, teve que esperar muitas vezes dentro do ônibus, enquanto uma cantora branca cantava os arranjos que haviam sido feitos especialmente para ela, Bilie Holiday. Foram humilhadas, mas, nunca servis; lutaram com garra e competência, eram mulheres de fibra e cheias de muito amor. Ouvir Billie cantar Strange Fruit, uma das primeiras canções de protestos, sem medo, apenas com dor na alma, é demais para quem tem sentimentos. O brilho nos olhos de Billie, fosse quando cantava sobre dor de amor ou sobre dor da dor, é insubstituível. Viva elas, nossas Divas do Blues, viva Billie Holiday, aquela que quando canta parte o coração da gente; linda, magnifica, incomparável, Lady Day.

O amor vai fazer você beber e cair
Vai fazer você ficar a noite toda se repetindo

O amor vai fazer você fazer coisas
Que você sabe que são erradas

Mas, se você me tratar bem, querido
Eu estarei em casa todos os dias

Mas, se você continuar a ser tão mau pra mim, querido
Eu sei que você vai acabar comigo

Pesquisar mais textos:

Sayonara Melo

Título:Fine and Mellow

Autor:Sayonara Melo(todos os textos)

Alerta

Tipo alerta:

Mensagem

Conte-nos porque marcou o texto. Essa informação não será publicada.

Pesquisar mais textos:

Deixe o seu comentário

  • Nome *

  • email

    opcional - receberá notificações

  • mensagem *

  • Os campos com * são obrigatórios