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O Carro de Feno, Hieronymus Bosch

Categoria: Arte
Visitas: 76
O Carro de Feno, Hieronymus Bosch

A obra O Carro de Feno do Convento do Escorial é um tríptico que fechado mostra o «Vagabundo», possivelmente, um auto-retrato de Bosch idêntico ao de Arras. Aberto, este tríptico apresenta um painel central e dois volantes: um direito e um esquerdo.

No volante esquerdo, Bosch representou a queda de anjos de um céu dourado, onde está Cristo entronizado. Quando caiem, estes transformam-se em insectos. Em baixo, vemos a Criação de Eva, o Pecado Original e a Expulsão do Paraíso, ou seja, o princípio da decadência humana.

No primeiro plano do painel central, deparamo-nos com cenas do quotidiano: um homem e uma criança a observar a cena que rodeia o carro de feno, uma jovem que dá a mão a ler à cigana, uma mulher lava o filho numa bacia, um curandeiro trata uma cliente (atente o porta-moedas do seu cinto cheio de feno), uma freira que tenta contactar com um homem que passa, as freiras que enchem um grande saco de feno e um monge gordo e bêbado. No centro da composição, um carro de feno é conduzido por um Imperador e um Papa, provavelmente, Alexandre VI. O facto de príncipes e prelados não participarem na luta, leva-nos a crer que já possuem o feno – a Soberba. A multidão de classe inferior tenta retirar bocados de feno e luta para atingir esse objectivo – a Avareza. Esta cena é observada por um Cristo conformado. Em cima do carro de feno está um par amoroso tocando música, símbolo da Luxúria, um anjo a rezar à esquerda, um demónio a desviar a atenção do anjo à direita e um casal a beijar-se nas matas. À frente do carro de feno, demónios conduzem este para o Inferno.

No volante direito, está representado o Inferno. Em primeiro plano, um diabo caçador tem um homem esfolado preso de cabeça para baixo e os seus cães correm para apanhar os dois fugitivos. Um outro homem está deitado no chão, tendo um rato a roer os órgãos genitais. Na ponte que leva a torre, os diabos torturam um homem que monta uma vaca. Mais acima na composição, um ser diabólico sobe uma escada da torre em construção para levar a argamassa aos diabólicos pedreiros. Ao fundo, chamas possuem um edifício em ruínas.

Daniela Vicente

Título: O Carro de Feno, Hieronymus Bosch

Autor: Daniela Vicente (todos os textos)

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

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