Bem vindo à Rua Direita!
Eu sou a Sophia, a assistente virtual da Rua Direita.
Em que posso ser-lhe útil?

Email

Questão

a carregar
Textos | Produtos                                                    
|
Top 30 | Categorias

Email

Password


Esqueceu a sua password?
Início > Textos > Categoria > Arte > As últimas Ceias de Castagno e Tintoretto, semelhanças e diferenças

As últimas Ceias de Castagno e Tintoretto, semelhanças e diferenças

Categoria: Arte
Visitas: 8
As últimas Ceias de Castagno e Tintoretto, semelhanças e diferenças

Na obra de Andrea del Castagno, a primeira coisa que o observador vê é um apóstolo isolado dos restantes. Jesus Cristo e os onze apóstolos encontram-se dispostos atrás da mesa virados para o observador, enquanto Judas Iscariotes se encontra à frente da mesa, de perfil. Rejeitado, Judas aparece sem a auréola, mas com o saco dos trinta denários à vista.
A Última Ceia de Andrea del Castagno tem muitos aspectos idênticos à ceia de Leonardo. Estas semelhanças devem-se a ambas as obras fazerem parte do Renascimento italiano. Neste cenáculo, Jesus Cristo é o ponto de fuga para projectar a perspectiva. Na mesa, com uma toalha branca, estão alimentos pascais.

Por cima das cabeças dos apóstolos e de Jesus Cristo estão seis blocos de mármore decorados, todos diferentes, sendo o mais saliente aquele que se encontra perto de Jesus Cristo.

A Última Ceia de Tintoretto tem diferenças assinaláveis da obra do pintor renascentista. Nesta obra a disposição da mesa está alterada, encontrando-se na diagonal. Não estão só representados os doze apóstolos e Jesus Cristo, mas também serviçais que estão a servir. Os apóstolos estão dispostos pela mesma ordem, seis para o lado esquerdo e seis para o lado direito de Jesus Cristo, porém, aqui, Jesus Cristo já não é a figura central, pois todas as personagens são importantes.

Assim como Cristo, também Judas não tem um destaque entre os apóstolos e as restantes figuras. Na obra pode ver-se dois espaços diferentes: a mesa rodeada pelos apóstolos, por Jesus Cristo e alguns criados à direita (um amontoado de personagens distintas) e depois, à esquerda do observador, está um espaço aberto preenchido com mais alguns criados.

Como é característico do Maneirismo, movimento onde se insere Tintoretto, há uma valorização extrema da luz sobre as personagens. Jesus Cristo emana uma luz da sua cabeça que ilumina toda a sala, assim como, a lamparina. Esta luz provinda de Jesus Cristo e da lamparina faz com que passe para a tela as sombras das personagens, permite ver os anjos que estão a sobrevoar a cena e dá ainda luminosidade às personagens, às suas vestes, aos seus movimentos. Pode-se afirmar que a luz é o elemento que Tintoretto dá grande importância na obra.


Daniela Vicente

Título: As últimas Ceias de Castagno e Tintoretto, semelhanças e diferenças

Autor: Daniela Vicente (todos os textos)

Visitas: 8

776 

Comentários - As últimas Ceias de Castagno e Tintoretto, semelhanças e diferenças

voltar ao texto
  • Avatar *     (clique para seleccionar)


  • Nome *

  • Email

    opcional - receberá notificações

  • Mensagem *

  • Os campos com * são obrigatórios


  • Notifique-me de comentários neste texto por email.

  • Notifique-me de respostas ao meu comentário por email.

Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

Ler próximo texto...

Tema: DVD Filmes
Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.\"Rua
Este texto irá falar sobre o filme Ex_Machina, nele podem e vão ocorrer Spoillers, então se ainda não viram o filme, vejam e voltem depois para lê-lo.

Impressões iniciais:

Ponto para o filme. Já que pela sinopse baixei a expectativa ao imaginar que era apenas mais um filme de robôs com complexo de Pinóquio, mas evidentemente que é muito mais que isso.

Desde as primeiras cenas é possível perceber que o filme tem algo de especial, pois não vemos uma cena de abertura com nenhuma perseguição, explosão ou ação sem propósito, típica em filmes hollywoodianos.
Mais um ponto, pois no geral o filme prende mais nos diálogos cerebrais do que na história em si, e isso é impressionante para o primeiro filme, como diretor, de Alex Garland (também roteirista do filme). O filme se mostrou eficiente em criar um ambiente de suspense, em um enredo, aparentemente sem vilões ou perigos, que prende o espectador.

Entrando um pouco no enredo, não é difícil imaginar que tem alguma coisa errada com Nathan Bateman (Oscar Isaac), que é o criador do android Ava (Alicia Vikander), pois ele vive isolado, está trabalhando num projeto de Inteligência Artificial secreto e quando o personagem orelha, Caleb Smith (Domhnall Gleeson), é introduzido no seu ambiente, o espectador fica esperando que em algum momento ele (Nathan) se mostrará como vilão. No entanto isso ocorre de uma forma bastante interessante no filme, logo chegaremos nela.

Falando um pouco da estética do filme, ponto para ele de novo, pois evita a grande cidade (comum nos filmes de FC) como foco e se concentra mais na casa de Nathan, que fica nas montanhas cercadas de florestas e bastante isolado. Logo de cara já é possível perceber que a estética foi pensada para ser lembrada, e não apenas um detalhe no filme. A pesar do ambiente ser isolado era preciso demonstras que os personagens estão em um mundo modernizado, por isso o cineasta opta por ousar na arquitetura da casa de Nathan.

A casa é nesses moldes novos onde a construção se mistura com o ambiente envolta. Usando artifícios como espelhos, muitas paredes de vidro, estruturas de madeira e rochas, dando a impressão de camuflagem para a mesma, coisa que os ambientalistas julgam favorável à natureza. Por dentro se pode ver de forma realista como podem ser as smart-house, não tenho certeza se o termo existe, mas cabe nesse exemplo. As paredes internas são cobertas com fibra ótica e trocam de cor, um efeito que além de estético ajuda a criar climas de suspense, pois há momentos onde ocorrem quedas de energia, então fica tudo vermelho e trancado.

O papel de Caleb á ajudar Nathan a testar a IA de AVA, mas com o desenrolar da história Nathan revela que o verdadeiro teste está em saber se Ava é capaz de “usar”, ou “se aproveitar” de Caleb, que se demonstra ser uma pessoa boa.

Caleb é o típico nerd introvertido, programador, sem amigos, sem família e sem namorada. Nathan também representa a evolução do nerd. O nerd nos dias de hoje. Por fora o cara é careca, barbudão com uns traços orientais (traços indianos, pois a Índia também fica no Oriente), bebê bastante e ao mesmo tempo malha e mantém uma dieta saudável pra compensar. E por dentro é um gênio da programação que criou, o google, o BlueBook, que é um sistema de busca muito eficiente.

Destaque para um diálogo sobre o BlueBook, onde Nathan fala para Caleb:
“Sabe, meus concorrentes estavam tão obcecados em sugar e ganhar dinheiro por meio de compras e mídia social. Achavam que ferramenta de pesquisa mapeava O QUE as pessoas pensavam. Mas na verdade eles eram um mapa de COMO as pessoas pensavam”.

Impulso. Resposta. Fluido. Imperfeição. Padronização. Caótico.

A questão filosófica vai além disso esbarrando no conceito de “vontade de potência”, de Nietzche, mas sobre isso não irei falar aqui, pois já há textos muito bons por aí.

Tem outra coisa que o filme me lembrou, que eu não sei se é referência ou se foi ocasional, mas o local onde Ava está presa e a forma como ela fica deitada num divã, e questiona se Caleb a observa por detrás das câmeras, lembra o filme “A pele que habito” de Almodóvar, um outro filme excelente que algum dia falarei por aqui.

Talvez seja uma versão “O endoesqueleto de metal e silicone que habito”, ou “O cérebro positrônico azul que habito”, mesmo assim não podia deixar de citar a cena por que é muito interessante.

Pesquisar mais textos:

Jhon Erik Voese

Título:Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

Autor:Jhon Erik Voese(todos os textos)

Alerta

Tipo alerta:

Mensagem

Conte-nos porque marcou o texto. Essa informação não será publicada.

Deixe o seu comentárioDeixe o seu comentário

Comentários

  • Suassuna 11-09-2015 às 02:03:47

    Gostei do texto, irei conferir o filme.

    ¬ Responder
  • Jhon Erik VoeseJhon Erik Voese

    15-09-2015 às 15:51:02

    Que bom, obrigado! Espero que goste do filme também!

    ¬ Responder

Pesquisar mais textos:

Deixe o seu comentário

  • Nome *

  • email

    opcional - receberá notificações

  • mensagem *

  • Os campos com * são obrigatórios