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Arte de Cister

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Arte
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Arte de Cister

O monaquismo ocidental divide-se em três grandes períodos: do século V-XI, encontravam-se pertos dos núcleos urbanos; do século XI-XII, surge o monaquismo rural (a ordem Cister), e as congregações de cónegos regulares, como os cónegos regrantes de Santo Agostinho; do século XIII-XIV, aparecem as ordens dominicantes, os franciscanos e os dominicanos, que se instalam nas cidades.

A ordem de Cister foi fundada por Robert Molesme. Exaltava a máxima ora et labora. A valorização do trablho manual encontra-se representada nas iluminuras de Moralia Job. Para além do trabalho, os cistercienses defendiam ainda o despojamento (cálices só de prata, nunca de ouro, vitrais sem cor e cruzes em madeira), o ascetismo (jejuns), pobreza (numa primeira fase vão ser muito pobres), modéstia (na sua arquitetura, na forma de vestir e de comportarem-se), autocracia (são independentes, e não querem depender de ninguém) e é só para adultos.






A iluminura cisterciense tem três estilos: o primeiro, de inspiração nómada, onde reforça a ideia do trabalho manual (Bíblia de Estêvão Harding), no segundo, de inspiração bizantina (Comentários de São Jerónimo sobre Isaías e comentários de São Jerónimo sobre os Profetas), e o terceiro, mostra o despojamento da cor.

A Bíblia de Estêvão Harding composta por um fólio inteiro com figuras e texto (David), com quadrículas irregulares onde está o texto. A Moralia in Job, relacionada com Estêvão Harding, conta a história de Job, um indivíduo que nunca rejeitou Deus, e que inspirava os monges com a sua obstinada fé. Contêm representações de confrontos entre forças guerreira e o bestiário. Não podemos ignorar que muitos destes monges vinham da aristocracia, criados nos ideais de cavalaria.

A arquitetura cisterciense é desornamentada, sóbria e tem uma grande qualidade de materiais. Acreditavam que o belo e o luxuoso desviava a tenção do crente no seu diálogo com Deus. A partir de Cister foram criadas 4 abadias-mãe: La Ferté, Pointigny, Claraval e Moimond. Em 1250, Cister já tinha 300 abadias.
O modelo românico de Cister: 7 capelas na cabeceira, galilé, naves cortadas ao meio, sala do capítulo onde os monges compareciam para escutar a regra e se confessarem publicamente, sacristia ao lado do altar, tanque para lavar as mãos em frente ao refeitório, cozinha entre os dois refeitórios e scriptorium para copiar os manuscritos.


Daniela Vicente

Título: Arte de Cister

Autor: Daniela Vicente (todos os textos)

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

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