Arte de Cister
A ordem de Cister foi fundada por Robert Molesme. Exaltava a máxima ora et labora. A valorização do trablho manual encontra-se representada nas iluminuras de Moralia Job. Para além do trabalho, os cistercienses defendiam ainda o despojamento (cálices só de prata, nunca de ouro, vitrais sem cor e cruzes em madeira), o ascetismo (jejuns), pobreza (numa primeira fase vão ser muito pobres), modéstia (na sua arquitetura, na forma de vestir e de comportarem-se), autocracia (são independentes, e não querem depender de ninguém) e é só para adultos.
A iluminura cisterciense tem três estilos: o primeiro, de inspiração nómada, onde reforça a ideia do trabalho manual (Bíblia de Estêvão Harding), no segundo, de inspiração bizantina (Comentários de São Jerónimo sobre Isaías e comentários de São Jerónimo sobre os Profetas), e o terceiro, mostra o despojamento da cor.
A arquitetura cisterciense é desornamentada, sóbria e tem uma grande qualidade de materiais. Acreditavam que o belo e o luxuoso desviava a tenção do crente no seu diálogo com Deus. A partir de Cister foram criadas 4 abadias-mãe: La Ferté, Pointigny, Claraval e Moimond. Em 1250, Cister já tinha 300 abadias.
O modelo românico de Cister: 7 capelas na cabeceira, galilé, naves cortadas ao meio, sala do capítulo onde os monges compareciam para escutar a regra e se confessarem publicamente, sacristia ao lado do altar, tanque para lavar as mãos em frente ao refeitório, cozinha entre os dois refeitórios e scriptorium para copiar os manuscritos.