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A Arte E Os Artistas Italianos Do Século XVI

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Arte
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A Arte E Os Artistas Italianos Do Século XVI

Cristo morto entre dois anjos, de Cosmè Tura, é uma pintura triste e trágica. Dois anjos com vestidos vermelhos, símbolo da Paixão de Cristo, seguram o corpo morto de Cristo. Ao fundo, quase diluídas na paisagem, estão as Três Marias, que seguem para o Santo Sepulcro.
Retrato de uma jovem, uma obra de Giorgione, retrata o meio busto de uma jovem, com uma capa vermelha com pele, onde se vê um seio a despontar da capa. Tem o cabelo apanhado e sobre este tem um véu fino. Sobre um fundo escuro, vemos surgir ramos de louro. Os três filósofos, uma obra com três figuras, podem ser os três Reis Magos ou a personificação da filosofia, Averroè e Copérnico.

O Rapto de Ganimedes, de Correggio, uma obra datada de 1530, contém Júpiter transformado numa águia. Assumiu esta forma para levar o pastor Ganimedes ao Olimpo, fazendo deste seu criado. O momento retratado por Corregio é o rapto do jovem Ganimedes, de cabelos encaracolados, pelo deus Júpiter. Ele olha para o espectador sem medo. Carrega consigo uma sensualidade presente na sua nudez. Um cão olha de baixo para o rapto com curiosidade. A obra Júpiter e Io conta uma das muitas lendas de Júpiter, Aqui, o deus do Olimpo transforma-se em nuvem para poder ver a sua amada Io às escondidas da sua mulher, a deusa Juno. Júpiter, em forma de nuvem, envolve Io, e esta deixa entregar-se. Mais uma obra de grande sensualidade.

A pintura Cupido que esculpe o arco, de Parmigianino, mostra o Cupido no momento em que o este se vira para o observador. Encontra-se a esculpir o seu novo arco, com uma faca grande. Entre as pernas do Cupido, vemos dois anjos a lutarem entre si, talvez Antero e Lisero.
Nossa Senhora do prado, uma pintura de Raffaello Sanzio, mostra Nossa Senhora no centro da composição, acompanhada pelo Menino e por São João Batista, olhando atentamente pelas crianças. As suas vestes têm a cor tradicional: vermelho e azul. Ao fundo, vemos uma paisagem calma e ampla. Pequenos símbolos da Paixão de Cristo marcam a paisagem, como os morangos e as papoilas.

Daniela Vicente

Título: A Arte E Os Artistas Italianos Do Século XVI

Autor: Daniela Vicente (todos os textos)

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

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