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Quando um objecto se torna uma antiguidade

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Antiguidades
Visitas: 17
Quando um objecto se torna uma antiguidade

Nos Estados Unidos, com aliás noutros sítios, as antiguidades são avaliadas de distintas maneiras. No entender de uns, uma antiguidade consubstancia, tão-somente, algo que existe há mais de cem anos. Para outros, porém, este conceito apenas abrange peças fabricadas no máximo até ao ano 1700. Na Europa, muitos antiquários exibem, por exemplo, móveis com 400 ou 500 anos.

Efetivamente, a noção de antiguidade varia de acordo com diversos parâmetros e áreas de conhecimento e interesse. Não obstante, o valor de uma antiguidade contempla alguns padrões fixos, como a qualidade intrínseca do objeto e a sua raridade, o estado de conservação e restauro, a época a que pertence, a procedência, a marca, a matéria-prima utilizada e a sua valia decorativa. Ainda assim, as virtudes reconhecidas podem ser mais ou menos relativizadas pelas leis do mercado. Em acréscimo, os fatores comerciais resultarão numa avaliação muito diferente de outra de cariz mais sentimental, estimativo. Nesta perspetiva, uma peça modesta é suscetível de valer uma soma mensurável, enquanto que a um artigo raro e caro (do ponto de vista comercial) podem ser atribuídos preços baixíssimos.

Existem várias maneiras de identificar uma antiguidade. Tratando-se de mobílias, há que reparar nos encaixes (que, sendo feitos à mão, indicam que a peça terá data anterior a 1860), na simetria (no fabrico manual, as travessas, as ripas, os bilros e outros componentes de pequeno diâmetro não são uniformes), no tipo de madeira (móveis do século XVIII são, usualmente, de carvalho), nos acabamentos e noutros aspetos característicos.

Regra geral, os amantes de antiguidades são pessoas viajadas, com uma cultura acima da média, que integram as classes alta e média-alta (embora não seja taxativo), sendo que a maioria sabe exatamente aquilo que quer e consulta assessores especializados, técnicos ou colecionadores de confiança antes da compra, no sentido de reunir toda a informação possível. Adquirem antiguidades pelo prazer de terem em seu poder peças únicas, fragmentos vivos da História, relíquias assaz cobiçadas que ultrapassaram séculos ou, simplesmente, porque pretendem realizar um bom investimento.

Um filme, um livro, uma peça de teatro ou de roupa, uma pessoa célebre com interesse nesta área, viagens a certos países (com consequente apreensão da respetiva cultura), uma exposição, etcétera, são passíveis de despertar um desejo de procurar objetos de um determinado estilo ou período histórico.

Os objetos mais procurados são aqueles que evocam a fusão de culturas: peças indo-portuguesas, luso-japonesas, americanas de influência inglesa, … Os artigos de culto, artefactos de mobiliário e pintura, assim como obras com acentuada presença decorativa (casos das escultura budista e hindu) estão também nos lugares cimeiros da demanda.

A tendência actual é para comprar melhor e em menor quantidade, até porque se muda mais frequentemente de casa. Então, as peças de valor médio já quase não se comercializam, ao passo que as de nível superior se compram cada vez mais, mormente as de pequeno porte. É o que se poderia apelidar de “antiguidade concentrada”…


Maria Bijóias

Título: Quando um objecto se torna uma antiguidade

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

Visitas: 17

812 

Imagem por: pedrosimoes7

Comentários - Quando um objecto se torna uma antiguidade

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Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: DVD Filmes
Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.\"Rua
Este texto irá falar sobre o filme Ex_Machina, nele podem e vão ocorrer Spoillers, então se ainda não viram o filme, vejam e voltem depois para lê-lo.

Impressões iniciais:

Ponto para o filme. Já que pela sinopse baixei a expectativa ao imaginar que era apenas mais um filme de robôs com complexo de Pinóquio, mas evidentemente que é muito mais que isso.

Desde as primeiras cenas é possível perceber que o filme tem algo de especial, pois não vemos uma cena de abertura com nenhuma perseguição, explosão ou ação sem propósito, típica em filmes hollywoodianos.
Mais um ponto, pois no geral o filme prende mais nos diálogos cerebrais do que na história em si, e isso é impressionante para o primeiro filme, como diretor, de Alex Garland (também roteirista do filme). O filme se mostrou eficiente em criar um ambiente de suspense, em um enredo, aparentemente sem vilões ou perigos, que prende o espectador.

Entrando um pouco no enredo, não é difícil imaginar que tem alguma coisa errada com Nathan Bateman (Oscar Isaac), que é o criador do android Ava (Alicia Vikander), pois ele vive isolado, está trabalhando num projeto de Inteligência Artificial secreto e quando o personagem orelha, Caleb Smith (Domhnall Gleeson), é introduzido no seu ambiente, o espectador fica esperando que em algum momento ele (Nathan) se mostrará como vilão. No entanto isso ocorre de uma forma bastante interessante no filme, logo chegaremos nela.

Falando um pouco da estética do filme, ponto para ele de novo, pois evita a grande cidade (comum nos filmes de FC) como foco e se concentra mais na casa de Nathan, que fica nas montanhas cercadas de florestas e bastante isolado. Logo de cara já é possível perceber que a estética foi pensada para ser lembrada, e não apenas um detalhe no filme. A pesar do ambiente ser isolado era preciso demonstras que os personagens estão em um mundo modernizado, por isso o cineasta opta por ousar na arquitetura da casa de Nathan.

A casa é nesses moldes novos onde a construção se mistura com o ambiente envolta. Usando artifícios como espelhos, muitas paredes de vidro, estruturas de madeira e rochas, dando a impressão de camuflagem para a mesma, coisa que os ambientalistas julgam favorável à natureza. Por dentro se pode ver de forma realista como podem ser as smart-house, não tenho certeza se o termo existe, mas cabe nesse exemplo. As paredes internas são cobertas com fibra ótica e trocam de cor, um efeito que além de estético ajuda a criar climas de suspense, pois há momentos onde ocorrem quedas de energia, então fica tudo vermelho e trancado.

O papel de Caleb á ajudar Nathan a testar a IA de AVA, mas com o desenrolar da história Nathan revela que o verdadeiro teste está em saber se Ava é capaz de “usar”, ou “se aproveitar” de Caleb, que se demonstra ser uma pessoa boa.

Caleb é o típico nerd introvertido, programador, sem amigos, sem família e sem namorada. Nathan também representa a evolução do nerd. O nerd nos dias de hoje. Por fora o cara é careca, barbudão com uns traços orientais (traços indianos, pois a Índia também fica no Oriente), bebê bastante e ao mesmo tempo malha e mantém uma dieta saudável pra compensar. E por dentro é um gênio da programação que criou, o google, o BlueBook, que é um sistema de busca muito eficiente.

Destaque para um diálogo sobre o BlueBook, onde Nathan fala para Caleb:
“Sabe, meus concorrentes estavam tão obcecados em sugar e ganhar dinheiro por meio de compras e mídia social. Achavam que ferramenta de pesquisa mapeava O QUE as pessoas pensavam. Mas na verdade eles eram um mapa de COMO as pessoas pensavam”.

Impulso. Resposta. Fluido. Imperfeição. Padronização. Caótico.

A questão filosófica vai além disso esbarrando no conceito de “vontade de potência”, de Nietzche, mas sobre isso não irei falar aqui, pois já há textos muito bons por aí.

Tem outra coisa que o filme me lembrou, que eu não sei se é referência ou se foi ocasional, mas o local onde Ava está presa e a forma como ela fica deitada num divã, e questiona se Caleb a observa por detrás das câmeras, lembra o filme “A pele que habito” de Almodóvar, um outro filme excelente que algum dia falarei por aqui.

Talvez seja uma versão “O endoesqueleto de metal e silicone que habito”, ou “O cérebro positrônico azul que habito”, mesmo assim não podia deixar de citar a cena por que é muito interessante.

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Jhon Erik Voese

Título:Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

Autor:Jhon Erik Voese(todos os textos)

Imagem por: pedrosimoes7

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Comentários

  • Suassuna 11-09-2015 às 02:03:47

    Gostei do texto, irei conferir o filme.

    ¬ Responder
  • Jhon Erik VoeseJhon Erik Voese

    15-09-2015 às 15:51:02

    Que bom, obrigado! Espero que goste do filme também!

    ¬ Responder

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