Volta ao sono em várias camas!
Estes alojamentos, que podem consistir em hotéis, residenciais, pensões, albergues, pousadas, hospedarias e afins, querem-se confortáveis, baratos, acolhedores e, acima de tudo, devidamente higienizados. Abrir uma porta, já de si, nitidamente roída por ratos, deparar-se com uma mobília a cheirar a mofo, denotando bem a falta de arejamento do espaço, abrir uma cama feita com lençóis que exibem, para além de cabelos, uma côr amarelada que faz desconfiar que algum dia tenham sido brancos ou, sequer, visto a lixívia, entrar numa casa de banho que tresanda e patenteia depósitos sucessivos, e não removidos, de várias camadas de calcário (e de germes, claro está), entre outros embates iniciais, desencorajam até os mais estafados. Nem sempre a máxima “simples, mas limpinho” vigora no ramo da acomodação. E é pena, porque um pouco mais de empenho beneficiaria, certamente, ambas as partes. Por um lado, trata-se do brio e da imagem de quem tem uma casa destas aberta; por outro, abrir-se-ia um precedente de satisfação passível de fazer regressar o cliente e, quiçá, trazer familiares ou amigos consigo.
Ao dar entrada num alojamento, qualquer que ele seja, tem de se apresentar a identificação pessoal e efectuar a escolha dos aposentos. Normalmente, para quem não é casado, a preferência vai no sentido de um quarto individual. Contudo, inúmeras vezes, esta pretensão não é atendida, numa acepção mais “informal” do termo. Sobretudo no campo, a privacidade pode ser violada pela observação atenta de enormes baratas, a vigilância apertada de osgas e a espionagem de mosquitos que mais parecem avionetas a sobrevoar a nossa cabeça! Ora, paga-se mais para se estar sozinho e tem de se dar guarida a esta “tropa” toda?...
De vez em quando, têm lugar também uns choques térmicos, nomeadamente a partir do meio do duche. É certo que ele deve ser terminado com água morna a tender para o frio, a fim de fechar os poros, mas não é gelada! Embora possa haver uma veemente preocupação com a saúde das pessoas, há que recordar que não somos da família dos pinguins!...