Quando as estrelas descem à Terra...
Regra geral, estes espaços oferecem o pequeno-almoço, a que a pessoa ou os membros da família podem aceder mais tarde do que o costume, sem pressas nem stress, e sem as habituais expressões de contrariedade estampadas nos rostos. Para além disso, não há que pôr e levantar a mesa, e lavar a loiça está fora de questão (a não ser que não se tenha dinheiro para pagar a conta…).
São diversos os tipos de alojamento por que se pode optar, dependendo dos objectivos, disponibilidade do local e posses monetárias.
Nomeadamente os hotéis, regem-se pelas estrelas, salvo seja, para a designação do seu grau de magnificência e comodidade. Claro que, às vezes, mais parece que quem as lá põe, ou não sabe contar bem, ou comete enganos de legendagem… Contudo, errar é humano, certo? E a não ser que se trate de algum hotel para cães, como no filme, os frequentadores também o são, pelo que a compreensão é um requisito básico para quem pretenda instalar-se num estabelecimento “estrelado”.
Todavia, também há indivíduos que pensam que, pelo facto de pagarem mais, nada, mas mesmo nada, pode falhar. Isto é capaz de ser exigência em demasia. A tolerância é uma grande virtude e a imperfeição integra a essência de qualquer um.
Nestes casos, será melhor fazer como o milionário que, chegando ao hotel, pediu o quarto mais barato. A recepcionista estranhou, pois o filho do magnata pedia sempre a suite presidencial. Então, com paciência e boa vontade, o capitalista explicou que o seu descendente tinha um pai rico e ele não. Eis a diferença… Os conceitos de riqueza e de manutenção desta é, efectivamente, passível de diferentes interpretações… Usualmente, da parte de quem a constrói, colhem mais radicalidade e intransigência, e não será por mero acaso.
Digamos que estão hospedados no hotel “Mil Estrelas”. Aqui não haverá, certamente, do que reclamar…