Faça um “eco-safari” no Quénia
Dez por cento do preço dos quartos é entregue ao Fundo Masai para a Preservação da Vida Selvagem. Em acréscimo, as cabanas foram construídas com materiais locais e nem uma só árvore foi sacrificada, os telhados são de colmo e a eletricidade é fornecida por painéis solares. A água das chuvas é captada através de um inovador sistema que permite o seu armazenamento em tanques de PVC com mais de um milhão de litros de capacidade! Com recurso a filtros especiais que vão da Europa, essa água é reutilizada. O uso de sabonetes ecológicos especialmente importados assegura a pureza química do mais escasso líquido naquelas paragens.
O carvão que se utiliza na cozinha provém da casca de café (um subproduto do cultivo do café), e criam-se galinhas e vacas para se ter ovos e leite biológicos.
Os funcionários, todos eles Masai, são treinados para garantir a minimização da produção de lixo, sendo a totalidade dos resíduos orgânicos transformada em adubo. O que não se pode reciclar é incinerado num mecanismo especial construído sob orientação da ONU.
Desenvolveu-se a noção de “eco-luxo”, numa demonstração clara de que não se trata de conceitos antagónicos. De facto, há água quente corrente, lençóis italianos, copos de cristal e flores frescas diariamente. As refeições são preparadas com legumes biológicos cultivados in loco e cozinhadas com carvão ecológico. Durante o dia, os guias masai levam os hóspedes a colher plantas medicinais e a seguir o trilho dos animais selvagens. Na prática, conjugam-se umas férias inesquecíveis com a preservação da fauna e do património cultural dos Masai. Uma das facetas mais marcantes prende-se com a forma como este povo vê os visitantes: benfeitores, ao invés de simples turistas. Na verdade, e pela participação ativa dos forasteiros nos objetivos acima descritos, enceta-se uma relação profunda com a comunidade masai, que despoleta nos estrangeiros a sensação de estarem na casa de amigos.
Embora Campi ya Kanzi consubstancie um apartamento do ritmo frenético da sociedade moderna, é possível estabelecer comunicação com esta por telefone via satélite. África já não é propriamente o fim do mundo…
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Comentários ( 2 ) recentes
- Sophia
21-04-2014 às 17:13:13A Rua Direita achou bem interessante esse eco-safari no Quenia. Realmente, a África expandiu-se muito de uns anos para cá. Hoje é um ótimo lugar turístico, possui, sem dúvida, uma beleza estonteante.
¬ Responder - Sofia Nunes
13-09-2012 às 17:32:45Sou uma dessas pessoas que refere na primeira frase do seu texto: também eu aspiro fazer um safari no Quénia! É um sonho de criança, que vem em parte pelo meu amor pelos animais selvagens (particularmente os felinos) e em parte pelo desejo da busca da aventura. Uma vez que repudio qualquer exploração animal, agrada-me a ideia de, em certos alojamentos, uma percentagem do valor que pagamos seja destinada à preservação da vida animal.
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