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Faça um “eco-safari” no Quénia

Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Categoria: Alojamento
Comentários: 2
Faça um “eco-safari” no Quénia

Quase toda a gente tem a aspiração de fazer um safari na África, especialmente no Quénia. A uma hora de avião de Nairobi, os Masai, detentores de uma herdade de 1000 quilómetros quadrados, concretizam este anseio no âmbito de um projeto que, simultaneamente, cria empregos e rendimentos, protege a terra, melhora a educação e a alimentação, e preserva a própria tribo. Campi ya Kanzi (ou Acampamento do Tesouro Escondido, em kiswahili, a língua local) é o nome deste sonho de um casal italiano, tornado realidade num campo que une os parques naturais de Amboseli e Tsavo e é ponto de passagem de girafas, leões, elefantes e perto de 400 espécies de aves.

Dez por cento do preço dos quartos é entregue ao Fundo Masai para a Preservação da Vida Selvagem. Em acréscimo, as cabanas foram construídas com materiais locais e nem uma só árvore foi sacrificada, os telhados são de colmo e a eletricidade é fornecida por painéis solares. A água das chuvas é captada através de um inovador sistema que permite o seu armazenamento em tanques de PVC com mais de um milhão de litros de capacidade! Com recurso a filtros especiais que vão da Europa, essa água é reutilizada. O uso de sabonetes ecológicos especialmente importados assegura a pureza química do mais escasso líquido naquelas paragens.

O carvão que se utiliza na cozinha provém da casca de café (um subproduto do cultivo do café), e criam-se galinhas e vacas para se ter ovos e leite biológicos.

Os funcionários, todos eles Masai, são treinados para garantir a minimização da produção de lixo, sendo a totalidade dos resíduos orgânicos transformada em adubo. O que não se pode reciclar é incinerado num mecanismo especial construído sob orientação da ONU.

Desenvolveu-se a noção de “eco-luxo”, numa demonstração clara de que não se trata de conceitos antagónicos. De facto, há água quente corrente, lençóis italianos, copos de cristal e flores frescas diariamente. As refeições são preparadas com legumes biológicos cultivados in loco e cozinhadas com carvão ecológico. Durante o dia, os guias masai levam os hóspedes a colher plantas medicinais e a seguir o trilho dos animais selvagens. Na prática, conjugam-se umas férias inesquecíveis com a preservação da fauna e do património cultural dos Masai. Uma das facetas mais marcantes prende-se com a forma como este povo vê os visitantes: benfeitores, ao invés de simples turistas. Na verdade, e pela participação ativa dos forasteiros nos objetivos acima descritos, enceta-se uma relação profunda com a comunidade masai, que despoleta nos estrangeiros a sensação de estarem na casa de amigos.

E como os amigos também se divertem em conjunto, o “programa das festas” contempla jogos tradicionais, viagens à cultura masai e a descoberta de algo novo todos os dias. Campi ya Kanzi constiuti, igualmente, o exemplo vivo das políticas do Kenya Wildlife Service, que visam o envolvimento dos nativos na conservação da vida selvagem, em detrimento da invenção de leis e proibições. Os habitantes passam, deste modo, a encarar os antigos inimigos (como os leões, que legitimamente queriam abater por lhes dizimarem o gado) como extensões das suas atividades de subsistência (os leões são bons para o turismo, logo representam lucro).

Embora Campi ya Kanzi consubstancie um apartamento do ritmo frenético da sociedade moderna, é possível estabelecer comunicação com esta por telefone via satélite. África já não é propriamente o fim do mundo…


Maria Bijóias

Título: Faça um “eco-safari” no Quénia

Autor: Maria Bijóias (todos os textos)

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Comentários     ( 2 )    recentes

  • SophiaSophia

    21-04-2014 às 17:13:13

    A Rua Direita achou bem interessante esse eco-safari no Quenia. Realmente, a África expandiu-se muito de uns anos para cá. Hoje é um ótimo lugar turístico, possui, sem dúvida, uma beleza estonteante.

    ¬ Responder
  • M.L.E.- Soluções de ClimatizaçãoSofia Nunes

    13-09-2012 às 17:32:45

    Sou uma dessas pessoas que refere na primeira frase do seu texto: também eu aspiro fazer um safari no Quénia! É um sonho de criança, que vem em parte pelo meu amor pelos animais selvagens (particularmente os felinos) e em parte pelo desejo da busca da aventura. Uma vez que repudio qualquer exploração animal, agrada-me a ideia de, em certos alojamentos, uma percentagem do valor que pagamos seja destinada à preservação da vida animal.

    ¬ Responder

Comentários - Faça um “eco-safari” no Quénia

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Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

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Texto escrito nos termos do novo acordo ortográfico.
Tema: Literatura
Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal\"Rua
Gertrude Stein foi uma escritora de peças de teatro, de peças de opera, de ficção, de biografia e de poesia, nascida nos Estados Unidos da América, e escreveu a Autobiografia de Alice B. Toklas, vestindo a pele, e ouvindo pela viva voz da sua companheira de 25 anos de vida, os relatos da historia de ambas, numa escrita acessível, apresentando situações caricatas ou indiscretas de grandes vultos da arte e da escrita da sua época. Alice B. Toklas foi também escritora, apesar de ter vivido sempre um pouco na sombra de Stein. Apesar de ambas terem crescido na Califórnia, apenas se conheceram em Paris, em 1907.


Naquela altura, Gertrude vivia há quatro anos com o seu irmão, o artista Leo Stein, no numero 27 da rue de Fleurus, num apartamento que se tinha transformado num salão de arte, recebendo exposições de arte moderna, e divulgando artistas que viriam a tornar-se muito famosos. Nestes anos iniciais em Paris, Stein estava a escrever o seu mais importante trabalho de início de carreira, Three Lives (1905).


Quando Gertrude e Alice se conheceram, a sua conexão foi imediata, e rapidamente Alice foi viver com Gertrude, tornando-se sua parceira de escrita e de vida. A casa, como se referiu atrás, tornou-se um local de reunião para escritores e artistas da vanguarda da época. Stein ajudou a lançar as carreiras de Matisse, e Picasso, entre outros, e passou a ser uma espécie de teórica de arte, aquela que descrevia os trabalhos destes artistas. No entanto, a maior parte das críticas que Stein recebia, acusavam-na de utilizar uma escrita demasiado densa e difícil, pelo que apenas em 1933, com a publicação da Autobiografia de Alice B. Toklas, é que o trabalho de Gertrude Stein se tornou de facto reconhecido e elogiado.


Alice foi o apoio de Gertrude, foi a dona de casa, a cozinheira, grande cozinheira aliás, vindo mais tarde a publicar algumas das suas receitas, e aquela que redigia e corrigia o que Gertrude lhe ditava. Assim, Toklas fundou uma pequena editora, a Plain Editions, onde publicava o trabalho de Gertrude. Aliás, é reconhecido nesta Autobiografia, que o papel de Gertrude, no casal, era o de marido, escrevendo e discutindo arte com os homens, enquanto Alice se ocupava da casa e da cozinha, e de conversar sobre chapéus e roupas com as mulheres dos artistas que visitavam a casa. Depois da morte de Gertrude, Alice continuou a promover o trabalho da sua companheira, bem como alguns trabalhos seus, de culinária, e um de memórias da vida que ambas partilharam.


Assim, este livro que inspirou o filme “Meia noite em Paris”, de Woody Allen, é um livro a não perder, já nas livrarias em Portugal, pela editora Ponto de Fuga.

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Liliana Félix Leite

Título:Autobiografia de Alice B. Toklas, de Gertrude Stein, pela primeira vez em Portugal

Autor:Liliana Félix Leite(todos os textos)

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