Chá - a bebida ideal
Em todas as regiões e climas se bebe chá: frio, quente, morno, adoçado ou não, enfim, trata-se de um preparado muito versátil, que cai bem em qualquer altura e contexto. Não obstante, os orientais decretaram-lhe uma importância que extravasa largamente a bebida em si, outorgando-lhe um estatuto de alegoria. Nos países do Oriente, as folhas do chá são arranjadas, servidas e bebidas com requinte e uma certa reverência. No Japão, a cerimónia do chá é denominada de Cha-no-yu.
Fazer um chá parece algo banal, mas na realidade há pequenos segredos capazes de lhe conferir uma dignidade própria de um imperador. Por exemplo, a água deve ser fresca, preferentemente isenta de calcário ou desinfectante e fervida numa cafeteira limpa, e o bule escaldado com água a ferver antes de fazer o chá. Colocar uma casca seca de laranja no bule ainda vazio, emprestará ao chá um perfume magnífico.
Conta-se uma colher de chá por pessoa e mais uma para o bule e, quando a água começa a ferver, deita-se um bocadinho por cima das folhas, até tapá-las, e deixa-se a repousar durante dois ou três minutos. Acrescenta-se, em seguida, o resto da água a ferver, mexe-se com uma colher e serve-se cinco minutos depois.
O chá pode ser servido com açúcar (apesar de ser melhor não o adicionar), limão, leite frio e natas. É aconselhável pôr o leite na chávena antes do chá, depois o açúcar (se levar) e só no fim o limão. Em Inglaterra, é quase vitupério deitar o leite sobre o chá.
Para um chá brando, serve-se água quente, que se deita na chávena e jamais no bule. A quantidade da infusão nunca deve ser incrementada à custa do acréscimo de água no bule. O chá ficaria… chalado!
Atenção! O calor e a luminosidade estragam o chá. Para evitar alterações, guarda-se em latas hermeticamente fechadas, em local seco e fresco e isento de odores fortes.