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Ainda Sobre Flores Comestíveis

Categoria: Alimentação
Ainda Sobre Flores Comestíveis

Apesar da moda de comer flores já conte com alguns anos em determinados países, no Brasil esta soma apenas com dois anos de existência. Sabe-se que cada vez mais se usam as flores comestíveis na elaboração de diversos pratos e agora em Portugal, esta “moda” começa também a dar os seus primeiros passos. No entanto, são ainda muitas as pessoas que não se encontram recetivas a esta nova moda da cozinha contemporânea olhando para ela de fora incrédula.

Mas na verdade, para além das tradicionais flores como é o caso dos brócolos ou da couve-flor, a que estamos habituados, podemos agora começar a diversificar os sabores e o aspeto dos nossos pratos introduzindo algumas flores.

No entanto, e para que não corra o risco de experimentar alguns dissabores é necessário ter alguns cuidados com esta sua nova experiencia.

• O primeiro passo a ter em conta é saber quais são as flores comestíveis, existem algumas que o melhor é não consumir devido à sua toxicidade. Neste grupo podem ser citadas os crisântemos, as violetas africanas, os narcisos e os lírios. Mas, existem muitas mais, por isso na dúvida o melhor mesmo é não consumir. Evite também o consumo das flores dos tomates, dos espargos, da beringela e da batata uma vez que estas, apesar da sua origem parecer inofensiva, são bastante prejudiciais para a saúde.

• Depois é necessário que a sua aquisição seja feita nos hipermercados e não em floristas. Os hipermercados têm flores que se destinam ao consumo alimentar e que podem ser encontradas juntamente com os vegetais. As floristas têm flores cujo objetivo é ornamentar e que são criadas com químicos nefastos para a saúde, sendo por isso necessário exclui-las totalmente da alimentação.

• Ao introduzir as flores na sua alimentação faça-o de forma gradual e uma de cada vez para verificar se tem alguma reação alérgica.

• Como o seu sabor e as suas propriedades nutricionais só se mantêm enquanto frescas, tenha o cuidado de as apanhar pela manhã ou no final do dia. Para as conservar, mantenha-as no frigorífico no máximo durante uma semana e rejeite as partes negras. Outra forma de as conservar é imergi-las em óleo ou azeite adequados a esta tarefa. Pode também pincelá-las com uma gema de ovo desidratada, polvilhá-las em seguida com açúcar em pó e deixar secar. Estas podem ser posteriormente usadas para doces e sobremesas.

Isabel Costa

Título: Ainda Sobre Flores Comestíveis

Autor: Isabel Costa (todos os textos)

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Comentários - Ainda Sobre Flores Comestíveis

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Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

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Tema: DVD Filmes
Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.\"Rua
Este texto irá falar sobre o filme Ex_Machina, nele podem e vão ocorrer Spoillers, então se ainda não viram o filme, vejam e voltem depois para lê-lo.

Impressões iniciais:

Ponto para o filme. Já que pela sinopse baixei a expectativa ao imaginar que era apenas mais um filme de robôs com complexo de Pinóquio, mas evidentemente que é muito mais que isso.

Desde as primeiras cenas é possível perceber que o filme tem algo de especial, pois não vemos uma cena de abertura com nenhuma perseguição, explosão ou ação sem propósito, típica em filmes hollywoodianos.
Mais um ponto, pois no geral o filme prende mais nos diálogos cerebrais do que na história em si, e isso é impressionante para o primeiro filme, como diretor, de Alex Garland (também roteirista do filme). O filme se mostrou eficiente em criar um ambiente de suspense, em um enredo, aparentemente sem vilões ou perigos, que prende o espectador.

Entrando um pouco no enredo, não é difícil imaginar que tem alguma coisa errada com Nathan Bateman (Oscar Isaac), que é o criador do android Ava (Alicia Vikander), pois ele vive isolado, está trabalhando num projeto de Inteligência Artificial secreto e quando o personagem orelha, Caleb Smith (Domhnall Gleeson), é introduzido no seu ambiente, o espectador fica esperando que em algum momento ele (Nathan) se mostrará como vilão. No entanto isso ocorre de uma forma bastante interessante no filme, logo chegaremos nela.

Falando um pouco da estética do filme, ponto para ele de novo, pois evita a grande cidade (comum nos filmes de FC) como foco e se concentra mais na casa de Nathan, que fica nas montanhas cercadas de florestas e bastante isolado. Logo de cara já é possível perceber que a estética foi pensada para ser lembrada, e não apenas um detalhe no filme. A pesar do ambiente ser isolado era preciso demonstras que os personagens estão em um mundo modernizado, por isso o cineasta opta por ousar na arquitetura da casa de Nathan.

A casa é nesses moldes novos onde a construção se mistura com o ambiente envolta. Usando artifícios como espelhos, muitas paredes de vidro, estruturas de madeira e rochas, dando a impressão de camuflagem para a mesma, coisa que os ambientalistas julgam favorável à natureza. Por dentro se pode ver de forma realista como podem ser as smart-house, não tenho certeza se o termo existe, mas cabe nesse exemplo. As paredes internas são cobertas com fibra ótica e trocam de cor, um efeito que além de estético ajuda a criar climas de suspense, pois há momentos onde ocorrem quedas de energia, então fica tudo vermelho e trancado.

O papel de Caleb á ajudar Nathan a testar a IA de AVA, mas com o desenrolar da história Nathan revela que o verdadeiro teste está em saber se Ava é capaz de “usar”, ou “se aproveitar” de Caleb, que se demonstra ser uma pessoa boa.

Caleb é o típico nerd introvertido, programador, sem amigos, sem família e sem namorada. Nathan também representa a evolução do nerd. O nerd nos dias de hoje. Por fora o cara é careca, barbudão com uns traços orientais (traços indianos, pois a Índia também fica no Oriente), bebê bastante e ao mesmo tempo malha e mantém uma dieta saudável pra compensar. E por dentro é um gênio da programação que criou, o google, o BlueBook, que é um sistema de busca muito eficiente.

Destaque para um diálogo sobre o BlueBook, onde Nathan fala para Caleb:
“Sabe, meus concorrentes estavam tão obcecados em sugar e ganhar dinheiro por meio de compras e mídia social. Achavam que ferramenta de pesquisa mapeava O QUE as pessoas pensavam. Mas na verdade eles eram um mapa de COMO as pessoas pensavam”.

Impulso. Resposta. Fluido. Imperfeição. Padronização. Caótico.

A questão filosófica vai além disso esbarrando no conceito de “vontade de potência”, de Nietzche, mas sobre isso não irei falar aqui, pois já há textos muito bons por aí.

Tem outra coisa que o filme me lembrou, que eu não sei se é referência ou se foi ocasional, mas o local onde Ava está presa e a forma como ela fica deitada num divã, e questiona se Caleb a observa por detrás das câmeras, lembra o filme “A pele que habito” de Almodóvar, um outro filme excelente que algum dia falarei por aqui.

Talvez seja uma versão “O endoesqueleto de metal e silicone que habito”, ou “O cérebro positrônico azul que habito”, mesmo assim não podia deixar de citar a cena por que é muito interessante.

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Jhon Erik Voese

Título:Ex-Machina e a máxima: cuidado ao mexer com os robôs.

Autor:Jhon Erik Voese(todos os textos)

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Comentários

  • Suassuna 11-09-2015 às 02:03:47

    Gostei do texto, irei conferir o filme.

    ¬ Responder
  • Jhon Erik VoeseJhon Erik Voese

    15-09-2015 às 15:51:02

    Que bom, obrigado! Espero que goste do filme também!

    ¬ Responder

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